Varíola dos macacos: primeira vítima no Brasil tinha câncer, diz Saúde
De acordo com a pasta, o homem tinha 41 anos. Ele ficou hospitalizado em um centro de saúde público de Belo Horizonte (MG)
atualizado
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O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (29/7), que a primeira vítima da varíola dos macacos no Brasil era um paciente com diversas comorbidades, incluindo câncer (linfoma).
O óbito ocorreu na quinta-feira (28/7). De acordo com a pasta, o homem tinha 41 anos. Ele ficou hospitalizado em um centro de saúde público de Belo Horizonte (MG).
Depois, foi encaminhado ao Centro de Terapia Intensiva (CTI). Segundo o Ministério da Saúde, a causa da morte foi choque séptico (alastramento de infecção pelo corpo), agravado por varíola dos macacos.
Veja a nota oficial da pasta:
O Ministério da Saúde confirma um óbito relacionado a monkeypox, conhecida como varíola dos macacos, no Brasil. Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 41 anos, com imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que levaram ao agravamento do quadro. Ficou hospitalizado em hospital público em Belo Horizonte, sendo depois direcionado ao CTI. A causa de óbito foi choque séptico, agravada pela monkeypox.
O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou, até o momento, 1.066 casos da doença.
Com a escalada de casos em diversos estados brasileiros, a pasta inaugura, nesta sexta, um Centro de Operações de Emergência (COE) com objetivo de acompanhar o desenvolvimento da doença. De acordo com a pasta, há casos confirmados em 16 unidades da Federação.
Veja quais são as localidades e quantos casos foram confirmados:
- São Paulo (823)
- Rio de Janeiro (124)
- Minas Gerais (44)
- Distrito Federal (15)
- Paraná (21)
- Goiás (13)
- Bahia (5)
- Ceará (4)
- Rio Grande do Sul (3)
- Rio Grande do Norte (2)
- Espírito Santo (2)
- Pernambuco (3)
- Tocantins (1)
- Acre (1)
- Rio Grande do Sul (4)
- Santa Catarina (4)
Surto
Nesta semana, a pasta começou a tratar, pela primeira vez, a doença como um surto. O termo é utilizado na epidemiologia para identificar quantidades acima do normal de doenças contagiosas ou de ordem sanitária.
É o primeiro estágio de uma escala de evolução do contágio, que pode se transformar em epidemia, endemia e pandemia – caso da Covid-19.
O Ministério da Saúde ainda não havia utilizado o termo em notas enviadas à imprensa, somente em pareceres técnicos ao citar casos semelhantes de aumento da curva de contaminação registrados em outros países.