Varíola dos macacos: governo encomenda 50 mil doses da vacina
Pedido foi feito para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) pelo Ministério da Saúde e deve ser destinada a profissionais da saúde
atualizado
Compartilhar notícia
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse em coletiva nesta sexta-feira (29/7) que as primeiras vacinas contra a varíola dos macacos devem chegar ao país em setembro. Não há previsão para que ela seja aplicada em toda a população e sim em grupos específicos, como profissionais da saúde.
“O Ministério da Saúde fez sua encomenda à [Organização Pan-Americana da Saúde] Opas de 50 mil doses de vacina. Para se ter uma ideia, para toda a região das Américas, o pedido do fundo rotatório é da aquisição de 100 mil doses de vacinas”, afirmou o secretário.
A previsão é de que a segunda remessa chegue em novembro. Uma vez que a empresa que produz o imunizante não tem sede no Brasil, a dinamarquesa Bavarian Nordic, a alternativa encontrada pela pasta foi usar o fundo rotatório da organização.
“Obviamente, se o Instituto Butantan tiver a capacidade e agilidade de produzir a vacina o quanto antes, nós iremos fazer tratativas com o Instituto Butantan, com Bio-Manguinhos ou com qualquer outro laboratório público nacional, ou mesmo outro laboratório que não seja público, para adquirirmos mais vacina, caso haja essa necessidade”, continuou Medeiros.
O ministério confirmou, nesta sexta, a primeira morte pela doença no país. O homem de 41 anos morreu em Belo Horizonte (MG) e tratava um linfoma. O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o Brasil registrou, até o momento, 1.066 casos da doença.
A pasta também ativou um Centro de Operação de Emergência (COE), responsável por criar um Plano de Contingência para o surto da doença no país. O grupo é composto de representantes dos estados e municípios também farão parte do grupo por meio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Também participam a Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz.