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Variante gama da Covid-19 tem três novas sublinhagens no Amazonas

Sublinhagens são mais resistentes e transmissíveis, e cientistas apontam para o risco de uma terceira onda no estado

atualizado

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O coronavírus
1 de 1 O coronavírus - Foto: NIAID/Flickr

A variante gama da Covid-19, descoberta originalmente no Amazonas, deu origem a três novas sublinhagens do vírus. Segundo pesquisadores brasileiros, 78% dos casos no estado são causados pelas tais sublinhagens, e, até o fim de maio, duas delas prevaleciam sobre a cepa original.

A pesquisa foi assinada por 23 pesquisadores de quatro instituições brasileiras e publicada no site Virological, no último sábado (3/7), fórum para discussão de temas ligados à virologia.

Segundo os cientistas, as novas sublinhagens podem ser mais transmissíveis e resistentes do que o vírus original. O resultado aponta para uma provável disseminação das mutações pelo país nos próximos meses. A variante gama, que é originária das três sublinhagens, foi a responsável por 91% dos casos de Covid-19 no Brasil, em maio.

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“Nosso estudo confirma que a circulação persistente de Sars-CoV-2 após a segunda onda epidêmica de Covid-19 no estado do Amazonas foi associada à evolução contínua do VOC [variante de preocupação] P.1 através da aquisição de deleções ou mutações na spike”, escrevem os pesquisadores.

De acordo com Tiago Gräf, um dos autores do estudo, apesar de não haver aumento no número de hospitalizações no estado agora, isso não quer dizer que as mutações não são preocupantes. Ele explica que a vacinação e as altas taxas de exposição às novas sublinhagens podem ser responsáveis por conter uma nova onda.

No entanto, essa imunidade coletiva faz com que o vírus desenvolva novas mutações para continuar circulando.

“Não há como dizer, no momento, se o vírus vai encontrar uma nova constelação de mutações capaz de gerar uma terceira onda (comparável com o que aconteceu quando a gama emergiu)”, explica o virologista. “A única coisa que podemos fazer é vacinar o mais rápido possível, usar máscara e evitar aglomerações.”

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