Vaquinha para tirar criança de 4 anos do coma supera meta em 144%
Arrecadação para custear tratamento que pode acordar o menino Arthur Miranda levantou R$ 180,3 mil a mais do que o estipulado inicialmente
atualizado
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A vaquinha para custear sessões de com estímulos elétricos e magnéticos e, dessa forma, retirar uma criança de 4 anos do estado de coma superou a meta inicial em 144%. O menino Arthur Rodrigues Miranda, desacordado há seis meses, se afogou em uma piscina em julho de 2021, na cidade de Iporá (GO), e precisa de tratamento especial para se recuperar.
Desde que foi liberado para cuidados em casa, Arthur recebe atendimento de uma equipe multidisciplinar. O serviço é custeado pelo plano de saúde, mas é apenas paliativo.
Para que o menino tenha chance de acordar, a única esperança é um tratamento de 100 sessões de estimulação magnética transcraniana repetitiva (EMTr), procedimento com estímulos elétricos e magnéticos para restabelecer o funcionamento cerebral – e que foi prescrito por neurologistas. O plano de saúde, no entanto, não cobre esse tratamento.
Assim, os pais de Arthur criaram uma vaquinha com a meta inicial de R$ 125 mil para pagar o EMTr para o garoto.
Entretanto, com 7.982 doadores, a iniciativa já arrecadou R$ 305,3 mil, ou seja, R$ 180,3 mil a mais do que o valor necessário para pagar o tratamento.
Afogado por 15 minutos
A mãe de Arthur, Kárita Barbosa, trabalha como empregada doméstica e levou o menino para o trabalho na data do acidente, por não ter com quem deixá-lo. O seu então patrão havia descoberto a piscina, porque iria tomar banho com o filho dele à tarde.
Kárita disse que, depois do almoço, foi lavar a área da frente da casa com uma máquina de pressão, que faz barulho, e deixou Arthur brincando de carrinho, na sala, com o patrão. Em seguida, a mãe sentiu falta do menino.
“Perguntei ao meu patrão onde estava Arthur e ele disse que meu filho estava brincando com os cachorrinhos na cozinha. Fui atrás e não o achei. Olhei para a piscina, aos fundos, e o Arthur estava boiando. Corri, pulei o pilar, puxei ele, mas já estava espumando a boca e o nariz. Na hora em que o vi desse jeito, gritei muito”, lembra Kárita em entrevista ao Metrópoles. Médicos estimam que ele ficou afogado por 15 minutos.
Esperanças renovadas
Arthur foi reanimado em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Iporá. Em seguida, uma equipe do Corpo de Bombeiros o encaminhou, de helicóptero, para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, onde, segundo a família, ele ficou em coma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por dois meses.
Depois, ficou mais um mês na enfermaria, antes de ser liberado para casa. Agora, com os recursos necessários, as esperanças da família de Arthur se voltam para o tratamento com o EMTr e mantêm o sonho de vê-lo acordar.