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“Vamos repetir as eleições de 2018”, aposta Márcio França em São Paulo

Candidato lembra primeiro turno que o levou à disputa com o governador eleito, João Doria, ao obter 21,5% de votos. No atual, já superou 10%

atualizado

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1 de 1 Debate Veja - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo — Em quarto lugar nas pesquisas de intenção de votos, o candidato do PSB à Prefeitura de São Paulo, Márcio França, acredita que vai ultrapassar Celso Russomanno (Republicanos) e Guilherme Boulous (PSol) — com os quais está tecnicamente empatado — e chegará ao segundo turno da corrida eleitoral.

“Eu acho que estou me aproximando [da liderança] com o crescimento na hora certa”, afirmou o candidato ao Metrópoles, após debate com os outros principais candidatos na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), na tarde desta sexta-feira (6/11).

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Bruno Covas (PSDB)
Guilherme Boulos (PSol)
Joice Hasselmann era deputada federal pelo PSL
Jilmar Tatto (PT) indo a debate promovido pela revista Veja
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Ex-governador Márcio França (PSB)

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Jilmar Tatto (PT) indo a debate promovido pela revista Veja

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“A pesquisa tem que ser interpretada por curva. A curva é aquela mesmo, nós vamos repetir a eleição [para governador de São Paulo] de 2018: eu acabei o primeiro turno com 22%, o Doria, que agora é o Bruno) 27%; e o PT e o Boulos dividiram 19%. Enfim. A história é essa”, lembrou.

O candidato, que já passou da marca de 10% das intenções de voto, alçando o quarto lugar nas pesquisas, acredita que será beneficiado pela queda de Celso Russomanno, que perdeu a liderança para o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB). “É dele”, apontou França. “Mais para o fim, eu posso ter voto útil do Boulos também”, calculou.

“O Russomano está surpreendendo. Eu imaginei que ele fosse vir com mais vontade. Essas ausências dele mostram que ele veio meio sem vontade. Eu acho que ele imaginava que o Bolsonaro fosse ajudá-lo mais. É isso. Ele está um pouco frustrado”, observou o socialista, em referência à ausência de Russomanno no debate realizado pela revista Veja. Questionada, a assessoria do candidato republicano não respondeu ao Metrópoles o motivo.

Troca de farpas

Ainda respeito do debate, França comentou a troca de farpas com Boulos durante o debate. “O fato de Boulos não ter experiência faz ele errar no foco. Quando ele polemiza comigo e o eleitor mais conservador pensa: ‘Então, esse aí que é o adversário do Boulos?’ E põe mais voto em mim”, comentou. “O problema é que eles acharam que o Tatto não ia crescer, e é um erro. Existe PT. Eles vão ter 10 pontos fácil”, pontuou.

França espera ainda receber votos da periferia e do público evangélico, os quais não lidera nas pesquisas.

“Tem o voto evangélico, a periferia, gente mais humilde. Na periferia, o cara não sabe nem direito meu nome. Ele fala: o 40 ganha do 45. Ele não fala Márcio. Ele fala: o 40 ganha do 45”, observou.

Com a mesma visão progressista de Boulos para políticas habitacionais, França posiciona-se contrariamente aos métodos do rival. “O Boulos propõe as habitações sem precisar de nenhuma regularização judiciária”, diz ele. O candidato do PSB propõe a criação de lotes habitacionais na periferia e a concessão de cartões de crédito para construção.

O candidato também propõe a contratação de 40 mil jovens de 18 anos dispensados do Exército para fazer a zeladoria da cidade e pretende economizar mais de R$ 800 milhões do orçamento público com a renúncia à nomeação de cargos de confiança.

“A primeira coisa a cortar é a nomeação de cargos de confiança. São Paulo tem 7 mil cargos de confiança, indicações de político, vereador. Eu me proponho a governar o primeiro ano com 70. Portanto, 1%”, promete França: “Acho importante nesse primeiro momento fazer um gesto: todo mundo está fazendo sacrifício e a prefeitura não faz?”

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