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Vale é condenada pela primeira vez por tragédia em Brumadinho

Foi mantido bloqueio de R$ 11 bilhões para garantir reparação de danos. Rompimento da barragem deixou 248 mortos e 22 desaparecidos

atualizado

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tragédia em brumadinho
1 de 1 tragédia em brumadinho - Foto: Igo Estrela / Metrópoles

A mineradora Vale foi condenada, pela primeira vez, a reparar todos os danos provocados pela tragédia ocorrida em Brumadinho. A condenação ocorreu nessa terça-feira (09/07/2019) pela Justiça de Minas Gerais. O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro deste ano, deixou, até agora, 248 mortos e 22 desaparecidos.

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), a decisão do juiz Elton Pupo Nogueira, da 6ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, não define um valor fixo a ser pago, justificando que a definição “não se limita às mortes decorrentes do evento, pois afeta também o meio ambiente local e regional, além da atividade econômica exercida nas regiões atingidas.”

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Bombeiros fazem busca na área da Pousada Nova Estância, soterrada pela avalanche de lama
Imagem da devastação
Vista aérea da mina
Helicóptero sobrevoa local da tragédia
O número de vítimas passou de 220
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Barragem de Brumadinho se rompeu no dia 25 de janeiro de 2019

Bárbara Ferreira/Especial para o Metrópoles
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Bombeiros fazem busca na área da Pousada Nova Estância, soterrada pela avalanche de lama

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Imagem da devastação

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Vista aérea da mina

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Helicóptero sobrevoa local da tragédia

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O número de vítimas passou de 220

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Passados mais de três meses desde a tragédia, os trabalhos das equipes do Corpo de Bombeiros continuam na região

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Rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão

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Os rejeitos atingiram a área administrativa da Vale, uma pousada e comunidades que moravam perto da estrutura

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Escavadeira trabalha no lamaçal

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Bombeiros e voluntários em Brumadinho

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Equipes do DF também foram para Minas Gerais

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Desde que a Vale começou a pagar as indenizações, a PCMG identificou 10 estelionatos consumados e três tentativas

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Danos ambientais severos

FÁBIO BARROS/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO
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O prejuízo material também foi grande

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Famílias perderam casas

FERNANDO MORENO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Pista destruída pela lama

Cemig/Divulgação

Foi mantido o bloqueio de R$ 11 bilhões para garantir a reparação. A Justiça também determinou que metade deste valor deve ser substituído por outras garantias, como fiança bancária ou depósito em juízo. No processo, segundo o TJMG, a Vale disse que está realizando um amplo estudo para avaliar todos os impactos do desastre.

Em comunicado, a Vale declarou que a decisão “reconheceu a cooperação, inclusive financeira, com todas as ações requeridas em juízo durante audiências de conciliação” e afirmou que está comprometida com “a reparação de forma célere e justa dos danos causados às famílias, à infraestrutura das comunidades e ao meio ambiente.”

Mirna de Moura/TJMG
O rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão ocorreu em 25 de janeiro deste ano

Resgate de vítimas continua
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 248 pessoas morreram e 23 continuam desaparecidas devido ao rompimento da barragem, totalizando 271 vítimas. Na semana passada, as equipes de resgate encontraram dois corpos, depois de quase um mês sem localização de novas vítimas.

Na quinta-feira (04/07/2019), o corpo de um homem foi localizado praticamente intacto, com um documento de identidade no bolso da calça, o que possibilitou a identificação. Trata-se de Carlos Roberto Pereira, de 62 anos, líder de almoxarifado da Reframax. O segundo corpo foi encontrado na sexta-feira (05/07/2019), e estava incompleto, sem os membros inferiores e com parte da arcada dentária, que foi usada para tentar identificar a vítima. A lista de mortos só é atualizada quando há a confirmação de identificação dos restos mortais. A Defesa Civil de Minas Gerais ainda não atualizou o balanço.

Além da tragédia humana, quase 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério que despencaram com o rompimento da barragem atingiram diversos animais, entre silvestres, domésticos e de fazendas, chegando ao Rio Paraopeba, que percorre várias cidades do Estado e onde havia captação de água para abastecimento da região metropolitana da capital.

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