Valdemar sai em defesa de Bolsonaro: “Ficará provado que não cometeu ilegalidades”
PF faz busca e apreensão na casa de Jair Bolsonaro em operação que investiga fraudes em dados referentes à vacinação contra Covid
atualizado
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Presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto saiu em defesa de Jair Bolsonaro (PL), alvo de operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3/5). O ex-presidente é investigado por suposta inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Chefe do partido no qual Bolsonaro ocupa o cargo de presidente de honra, Valdemar defendeu que o ex-mandatário é uma “pessoa íntegra” que procurava “sempre seguir a lei”.
Veja o post:
Bolsonaro é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a Lei. Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades.
— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) May 3, 2023
A medida ocorreu no âmbito da Operação Venire, que investiga uma associação criminosa acusada pelos crimes de inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
No total, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva em Brasília e no Rio de Janeiro. Ao menos dois ajudantes de ordem e seguranças d0 ex-mandatário brasileiro foram presos. Um deles é o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
Veja buscas no condomínio onde Bolsonaro mora, em Brasília:
Os outros dois são o ex-policial Max Guilherme, ex-assessor especial de Bolsonaro, e Sérgio Cordeiro, ex-assessor e segurança de Bolsonaro. Um outro assessor, Marcelo Câmara, foi alvo de busca e apreensão. Todos viajaram para Orlando, nos Estados Unidos, com o ex-presidente, no final de 2022.
A operação
Segundo a PF, as inserções de dados falsos ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade sobre a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários. O próprio Bolsonaro teria o cartão de vacina adulterado, além da filha mais nova dele, Laura, 12 anos; Mauro Cid, a esposa e a filha dele.
“Com isso, tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes imposta pelos poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de doença contagiosa, no caso, a pandemia de Covid-19”, diz a PF.
A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação às suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19.
As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação no Supremo.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.