Valdemar está “entregando Bolsonaro pra tentar manter PL”, diz petista
Deputado Rogério Correia (PT-MG) falou de Valdemar e disse que o PL pode ter registro cassado por participar da tentativa de golpe de Estado
atualizado
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O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou, nesta terça-feira (19/3), que o presidente do Partido Liberal (PL) está “entregando Bolsonaro para tentar manter o PL funcionando, mas nem assim conseguirá”. A fala foi feita em meio à repercussão dos depoimentos de aliados do ex-presidente sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
“Com a comprovação de que o partido financiou a ação dos militares das forças especiais, a intentona golpista vai terminar com o registro cassado e Bolsonaro covardão na prisão”, escreveu o petista no X, antigo Twitter.
Valdemar Costa Neto falou, em depoimento à Polícia Federal (PF), que Bolsonaro e deputados do PL o pressionaram a ajuizar a ação no TSE questionando o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Na ação, o PL pedia a anulação dos votos computados em alguns modelos de urnas mais antigos. A ação era baseada em um relatório do Instituto Voto Legal, entidade contratada pelo PL para fazer um suposto estudo sobre o sistema de votação brasileiro.
Valdemar pressionado
Como mostrou a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, Valdemar relatou, em depoimento no dia 22 de fevereiro, que foi pressionado por Bolsonaro e por parlamentares após o “vazamento” do relatório do Instituto Voto Legal. O partido teria pagado cerca de R$ 1,5 milhão para o documento, segundo o cacique.
À Polícia Federal, o presidente do PL afirmou ainda que a ideia de contratar um instituto para realizar um estudo sobre as urnas eletrônicas também partiu de Bolsonaro e que o IVL teria sido indicado pelo então ministro da Ciência e Tecnologia e atual senador, Marcos Pontes (PL-SP).