“Vai morrer”, disse caminhoneiro que arrastou motociclista em SC
Esposa do motociclista Anderson Antônio Pereira não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte ao incidente
atualizado
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O motociclista Anderson Antônio Pereira, de 49 anos, disse que o motorista do caminhão que o arrastou por cerca de 20 quilômetros após bater na moto dele o ameaçou de morte durante o incidente.
Anderson e a esposa, Sandra Pereira, de 47 anos, foram atropelados pelo caminhão na BR-101, em Penha, no litoral de Santa Catarina, no último dia 6. A mulher não resistiu e morreu no dia seguinte.
“A única coisa que o motorista dizia: ‘Vai morrer, vai morrer. Quer morrer? Vai morrer'”, contou, em entrevista ao Fantástico desse domingo (14/3), ao relatar que não houve nenhuma intenção de desvio por parte do condutor do caminhão.
“Eu perdi a consciência e fiquei desmaiado em cima do tanque da motocicleta. Acordei, eu estava ouvindo um barulho de caminhão bem atrás de mim. Fui olhando, me levantando”, prosseguiu a vítima.
O motociclista relatou também ter implorado para o caminhoneiro para parar o carro. Ele disse que estava em prantos, pois não sabia o que tinha ocorrido com a esposa. O motorista, contudo, o espancou para que caísse.
“Fiquei de frente para o caminhão, o motor, e o motorista indiferente a qualquer coisa mantendo a velocidade, 100 km/h, 110 km/h. Andei mais pro lado um pouco e parei do lado: ‘Moço, para esse caminhão, diminui a velocidade, deixa eu descer, eu preciso descer'”, disse.