Vacina x Aids: YouTube também apaga live de Bolsonaro e suspende conta
Presidente da República já havia sido punido pelas redes Facebook e Instagram por relacionar erroneamente as vacinas contra a Covid à Aids
atualizado
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Um dia após Facebook e Instagram, mais uma rede apagou o conteúdo total da live do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) da última quinta (21/10), na qual o chefe do Executivo federal espalhou desinformação ao relacionar as vacinas contra a Covid-19 ao desenvolvimento da Aids. Na noite desta segunda-feira (25/10), o portal de vídeos apagou a live e suspendeu Bolsonaro por uma semana por violação das diretrizes da plataforma.
No lugar da live, aparece, agora, a mensagem de que o post do presidente viola as regras da plataforma. Veja:
URL cancelado!
Após Facebook e Instagram, Youtube remove da plataforma live de @jairbolsonaro com alegações falsas sobre vacinas.
Plataforma também suspendeu o canal do presidente por 1 semana. pic.twitter.com/7hsYEHPcI2
— Metrópoles (@Metropoles) October 25, 2021
A suspensão ocorre porque o presidente já havia recebido alerta em julho, quando teve removidos 15 vídeos “por violar as políticas de informações médicas incorretas sobre a Covid-19”. Caso reincida três vezes em 90 dias, Bolsonaro poderá ter seu canal banido da plataforma.
Bolsonaro está sendo punido pelas redes por ter dito, na live da semana passada, que “relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados, aqueles com 15 dias após a segunda dose, estão desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (Aids) muito mais rápido que o previsto”, uma afirmação completamente divorciada da realidade.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou uma nota no domingo (24/10) desmentindo Bolsonaro e afirmando que “não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid-19 e o desenvolvimento de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (HIV/Aids)”.
Veja o que disse o YouTube em nota:
“Removemos um vídeo do canal de Jair Bolsonaro por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a COVID-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas.
As nossas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou qual a sua opinião política”.
Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a derrubada de sua live nas redes.