Vacina: Queiroga diz esperar que Bolsonaro “tome melhor decisão para o país”
Declaração de Queiroga foi dada um dia após o presidente afirmar que não se vacinará nem depois do “último brasileiro”
atualizado
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta quinta-feira (14/10), esperar que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “saiba tomar a melhor decisão para ele e para o país” sobre a escolha de se vacinar contra a Covid-19.
A declaração de Queiroga foi dada um dia após o presidente afirmar, em entrevista à Jovem Pan, que não se imunizará nem depois do “último brasileiro”.
“Eu decidi não tomar mais a vacina. Eu estou vendo novos estudos, a minha imunização está lá em cima, para que vou tomar a vacina? Seria a mesma coisa que você jogar R$ 10 na loteria para ganhar R$ 2. Não tem cabimento isso”, declarou o chefe do Executivo.
Questionado sobre o posicionamento do mandatário da República em relação aos imunizantes, Queiroga afirmou que o presidente defende a “dignidade da pessoa humana, a vida, a liberdade e a tomada de decisão”.
“O governo do presidente Bolsonaro defende a dignidade da pessoa humana, defende a vida, defende a liberdade, a tomada de decisão. É algo pessoal, né? Então, vamos esperar que as pessoas busquem a sala de vacinação e, no caso do presidente, que ele saiba tomar a melhor decisão para ele e para o nosso país”, pontuou o ministro.
“Liberdade”
Na quarta-feira, como justificativa para não receber o imunizante, Bolsonaro citou a liberdade. “Para mim, a liberdade acima de tudo. Se o cidadão não quer tomar a vacina, é um direito dele e ponto-final”, assinalou durante o programa Pingos nos Is, na noite de terça (12/10).
No começo de abril, assim que foi iniciada a imunização para a faixa etária de Bolsonaro, o chefe do Executivo federal disse que pensaria se tomaria o fármaco.
“Depois que o último brasileiro for vacinado, se estiver sobrando uma vacina, eu vou decidir se me vacino ou não. Esse é o exemplo que chefe tem que dar, igual no quartel”, ressaltou o mandatário, na ocasião.
Bolsonaro pode tomar a vacina desde o dia 3 de abril, quando o governo do Distrito Federal começou a aplicar o imunizante em idosos a partir de 66 anos no DF. O presidente completou 66 anos em 21 de março.