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Vacina produzida com insumo da Fiocruz fica pronta em setembro

Previsão foi informada pelo ministro Marcelo Queiroga e pela presidente da fundação, Nísia Teixeira, nesta sexta-feira (9/4)

atualizado

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1 de 1 Vacina - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Teixeira, afirmaram que as vacinas produzidas com o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) produzido no Brasil devem ficar prontas em setembro.

A declaração foi dada durante coletiva na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (9/4). O titular da Saúde visitou os laboratórios de produção da vacina de Oxford/AstraZeneca e se reuniu com diretores da instituição.

A espera pelo IFA produzido no Brasil é alta, visto que os laboratórios nacionais precisam importar o insumo da China para fabricar a vacina contra a Covid-19 no país. Desde o início da vacinação, o Instituto Butantan — que produz o imunizante Coronavac — e a Fiocruz têm enfrentado dificuldades no recebimento da substância.

Nesta semana, o Butantan chegou a suspender a produção de vacinas devido ao atraso na chegada do IFA da China. Na quinta-feira (8/4), a instituição afirmou que o produto deve chegar até o dia 20 de abril, e que a fabricação de imunizantes para o mês de abril está garantida.

“Há uma carência de vacinas no mercado internacional. Hoje eu vi aqui a produção do IFA nacional, em setembro já teremos IFA produzido na Fiocruz. Vai ser muito importante para a autonomia do Brasil na produção de vacinas”, disse Queiroga.

Processo longo

A produção do IFA nacional é um processo longo, segundo o diretor da unidade Bio-Manguinhos da Fiocruz, Maurício Zuma. Ele disse que não é possível prever a quantidade de doses que será entregue com a substância pronta, mas adiantou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve visitar as instalações na última semana de abril para autorizar a produção.

“Estamos finalizando as adequações nas instalações. Estamos preparando essa área para que a Anvisa possa vir na última semana de abril nos conceder as autorizações técnicas e operacionais. A nossa expectativa é que em maio e junho a gente já esteja iniciando a produção do IFA nacional”, explicou.

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A Coronavac segue suspensa até ser substituída

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Por mais que a fabricação comece entre maio e junho, as doses elaboradas com o IFA brasileiro só devem ficar prontas em setembro. “A produção de um lote demora pelo menos 45 dias. Depois, tem todo o processo de controle de qualidade, caracterização. Vamos ter que produzir alguns lotes para ter validação. Nós teremos a vacina produzida, mas teremos que esperar que a Anvisa nos conceda alteração no registro, porque hoje consta que o imunizante é feito com IFA produzido na China”, afirmou Zuma.

Nísia Teixiera lembrou que, enquanto o ingrediente não fica disponível para uso, o laboratório seguirá entregando as doses previstas no Programa Nacional de Imunização (PNI). Em abril, a previsão é de que 18,4 milhões de unidades sejam entregues ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Nísia também afirmou que, a partir de maio, a entrega será de 20 milhões de doses mensais, para completar, até junho, os 100,4 milhões de unidades previstas no PNI.

Jantar com empresários

O ministro Marcelo Queiroga participou, na noite de quinta-feira (8/4), de um jantar com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e empresários. Alguns veículos de imprensa noticiaram que Queiroga teria dito que a população brasileira “não adere” aos regimes de lockdown e que, por isso, seria impossível autorizar a medida.

Questionado por jornalistas na Fiocruz, o titular da Saúde negou que tenha falado sobre o assunto durante a reunião com empresários. “Não dei declaração nenhuma. Estava num jantar com empresários e conversamos em uma conversa muito amena, todos no sentido de fortalecer o Brasil”, defendeu.

O ministro também disse que a questão do lockdown depende de cada estado e município. “De acordo com a situação, os secretários de Saúde e prefeitos podem lançar mão de uma medida mais extrema. Já vivemos uma pandemia arrastada, de mais de um ano. Muitas pessoas perderam a vida. O que o Ministério da Saúde vai fazer é disciplinar um plano [sobre superlotação] nos transportes urbanos, incentivo à testagem, ao uso de máscaras”, explicou.

Acordo com Unifesp

Além da visita aos laboratórios da Fiocruz, o ministro da Saúde participou da assinatura da parceria entre a instituição e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). As organizações — que atuaram juntas na produção da vacina de Oxford/AstraZeneca — se uniram para produzir estudos e pesquisas sobre a pandemia.

“É importante o acordo firmado com a Unifesp, porque somos instituições de ciência e tecnologia, estaremos trabalhando juntos com questões sobre a efetividade da vacina, impacto da pandemia, fortalecimento da atenção básica e fortalecimento do nosso sistema de ciência e tecnologia”, explicou Nísia Teixeira.

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