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Vacina da Fiocruz para a OMS está em testes iniciais; confira próximos passos

Imunizantes de RNA mensageiro estão sendo testados em roedores no laboratório Bio-Manguinhos, no RJ; próximo estágio é análise em primatas

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Tomaz Silva/Agência Brasil
Diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, durante evento sobre vacina Oxford/ AstraZeneca
1 de 1 Diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, durante evento sobre vacina Oxford/ AstraZeneca - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Rio de Janeiro – Após a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ter sido selecionada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como centro de produção de uma vacina de RNA mensageiro, o diretor do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz, Mauricio Zuma, detalhou ao Metrópoles os próximos passos da produção do imunizante contra a Covid-19 para a América Latina.

Segundo o especialista, o antígeno já está sendo testado em roedores. “A vacina candidata encontra-se em estágio pré-clínico com animais de pequeno porte nas instalações de Bio-Manguinhos”, afirmou Zuma.

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Laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz
Atualmente, a vacina contra Covid-19 com RNA mensageiro está em fase de estudos pré-clínicos em roedores
A próxima etapa do estudo pré-clínico é o teste em primatas
Diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, durante evento sobre vacina Oxford/ AstraZeneca
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Laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro

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Laboratório Bio-Manguinhos, da Fiocruz

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Atualmente, a vacina contra Covid-19 com RNA mensageiro está em fase de estudos pré-clínicos em roedores

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A próxima etapa do estudo pré-clínico é o teste em primatas

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Diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, durante evento sobre vacina Oxford/ AstraZeneca

Tomaz Silva/Agência Brasil

O próximo passo é o teste em primatas. “A vacina precisará passar por nova etapa de estudos pré-clínicos, com primatas não humanos. Estamos selecionando laboratórios parceiros para esta parte”, explicou.

Após esses dois estágios da etapa pré-clínica, o imunizante passará por mais três fases de análises clínicas. “Ainda não há prazo para a vacina candidata entrar em estudo clínico de fase 1. Esse ponto ainda será discutido com os especialistas da OMS e da Opas [Organização Pan-Americana da Saúde], que apoiarão a aceleração no desenvolvimento do imunizante. Tudo dependerá do sucesso das etapas atuais”, disse Zuma.

O diretor de Bio-Manguinhos também comentou sobre a proteção contra novas cepas do coronavírus. “A vacina de RNA mensageiro vai atuar também na proteína N, que ativa outros mecanismos de imunidade, como a imunidade celular. Isso poderá dar mais possibilidades de proteção contra outras variantes”, frisou.

Financiamento da vacina

Até o momento, a elaboração do imunizante foi custeada por recursos da Fiocruz recebidos do Ministério da Saúde. Com isso, a expectativa é que isso reduza o valor final do antígeno para os países da América Latina.

“Trabalhamos para oferecer uma vacina de custo reduzido frente às opções de vacinas com RNA mensageiro existentes no mercado [a exemplo da Pfizer e Moderna], uma vez que o custo da tecnologia e o retorno econômico não estarão embutidos no produto”, assinalou Zuma.

Essa tecnologia consiste no RNA mensageiro sintético, que, ao ser injetado, ensinará nosso organismo a fabricar a proteína S do SARS-CoV-2 e desencadeará o processo de defesa.

Caberá a OMS, por meio da Opas, colocar à disposição da Fiocruz uma equipe de especialistas internacionais com experiência em desenvolvimento e produção de imunizantes. “É esperada, ainda, a cooperação com o consórcio sul-africano, com o centro argentino, entre outros”, pontuou.

A produção em escala fabril ainda será discutida com os especialistas da OMS e da Opas, que atua como escritório regional da OMS. Os resultados dos estudos pré-clínicos e clínicos são fundamentais para decisões e prazos da produção da vacina com RNA mensageiro para a América Latina.

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