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USP muda protocolos e fará entrevistas on-line com candidatos cotistas

No vestibular de 2025, candidatos pretos e pardos poderão passar por entrevistas virtuais para terem confirmada a autodeclaração racial

atualizado

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1 de 1 Foto colorida da Universidade de São Paulo (USP) - Metrópoles - Foto: Reprodução/USP

A Universidade de São Paulo (USP) definiu novos procedimentos para confirmação da autodeclaração racial de candidatos pretos e pardos. A partir do vestibular de 2025, os postulantes a uma vaga na instituição de ensino superior poderão passar por uma entrevista virtual que permitirá ratificar a autodeclaração.

A decisão da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (Prip) definiu que os candidatos reprovados na análise fotográfica – primeira etapa da avaliação, comum a todos os candidatos pretos e pardos – serão convocados para uma entrevista virtual. A mudança valerá para todas as formas de ingresso, seja pela prova da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), pelo Provão Paulista ou pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“É nossa meta implementar políticas que busquem garantir a diversidade na USP, dialogando sempre com a sociedade e fazendo os ajustes necessários. A partir da experiência adquirida, considerando as experiências de comissões de heteroidentificação de outras universidades e instituições, a universidade concluiu que o modelo não presencial de entrevista é o ideal”, destacou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.

A mudança ocorre depois de dois estudantes cotistas aprovados na USP acionarem a Justiça por terem as matrículas canceladas, devido ao fato de não serem considerados pardos pela instituição de ensino superior. Além disso, a medida unifica a maneira como ocorre o procedimento, que poderia ser presencial, no caso de aprovados pela Fuvest, e on-line, para candidatos do Enem e do Provão Paulista.

A USP conta com uma Comissão de Heteroidentificação que analisa os traços fenotípicos dos candidatos que se declaram pretos e pardos. O colegiado, segundo a própria universidade, é composto por professores, alunos, servidores e integrantes da sociedade civil que tiveram letramento racial.

“A Comissão de Heteroidentificação da USP foi criada em 2022, atendendo às demandas dos movimentos negros, e tem se mostrado um importante instrumento para garantir que as vagas sejam ocupadas, efetivamente, por candidatos pertencentes ao grupo de pretos e pardos. A análise dos candidatos segue critérios fenotípicos como cor da pele e outras características físicas associadas ao preconceito racial”, afirmou a pró-reitora de Inclusão e Pertencimento, Ana Lúcia Duarte Lanna.

Ainda de acordo com a USP, no vestibular de 2024, das 11.147 vagas oferecidas, 2.067 se destinaram a candidatos pretos, pardos e indígenas (PPI).

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