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USP é condenada a pagar R$ 500 mil à família de aluno morto na Poli

O estudante de geografia Filipe Varea Leme, 21 anos, foi encontrado morto embaixo de um armário de madeira em 2019

atualizado

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Homem branco com uma blusa preta de time
1 de 1 Homem branco com uma blusa preta de time - Foto: Reprodução

A Universidade de São Paulo (USP) foi condenada a indenizar a família do estudante de geografia Filipe Varea Leme em R$ 500 mil. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o pagamento da reparação após o aluno ser encontrado morto embaixo de um armário de madeira em um dos elevadores das dependências da Escola Politécnica (Poli).

O caso aconteceu em abril de 2019, após uma professora solicitar que o estudante carregasse um armário pesado entre os andares da instituição.

O aluno da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) era monitor na Poli. À época, a USP divulgou uma nota em que lamentou a situação e informou que adotaria medidas de segurança necessárias para garantir um bom funcionamento da instituição.

“A direção da Poli ressalta que preza pela adoção das medidas de segurança necessárias para a rotina do trabalho dentro de suas dependências. A escola informa, ainda, que prestará todos os esclarecimentos necessários para a elucidação dos fatos junto às autoridades competentes”, destacou.

O Metrópoles procurou a instituição sobre a decisão do Tribunal de São Paulo, mas não obteve respostas.

Segundo a decisão, ficou caracterizada a responsabilidade civil da universidade, sobretudo pelo desvio de função do aluno, uma vez que o monitor desempenhava atividade distinta das suas obrigações, e não contava com o equipamento de segurança necessário.

“Houve comportamento culpável por parte da universidade, e de seus prepostos, a postar-se em nítida linha de causalidade com o trágico acidente que vitimou o filho dos requerentes. As imagens extraídas das câmeras de segurança instaladas no prédio da Escola Politécnica fornecem quadro impressionante e esclarecedor do desenrolar dos fatos”, declarou o relator do recurso, desembargador Aroldo Viotti.

De acordo com o laudo do Instituto de Criminalística, a morte de Felipe aconteceu em decorrência a lesões no pescoço devido à vítima ter a cabeça pressionada contra a parte traseira do elevador.

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