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Universidades federais cobram plano de vacinação contra a Covid-19

Em carta, a Andifes, entidade que reúne dirigentes dos estabelecimentos, ressaltou urgência, em nome da saúde e da economia

atualizado

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Seringa
1 de 1 Seringa - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou uma carta em que cobra agilidade na disponibilização da vacina contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O órgão defende que a imunização ocorra exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Para a entidade, que reúne os dirigentes das universidades federais, a campanha deve ser “abrangente e acessível a todos os brasileiros”. O documento foi publicado nesta terça-feira (12/1).

“É sabido que o locus da ciência brasileira se encontra nas universidades públicas, as quais, desde o início da pandemia, se apresentaram para o enfrentamento do coronavírus, a postos com seus laboratórios, seus pesquisadores, seus hospitais e toda a sua estrutura”, destaca trecho do texto.

A carta surge num momento em que o governo federal é pressionado para organizar um calendário de vacinação e uma articulação para compra de doses. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ainda não autorizou o uso de nenhum imunizante.

O país também enfrenta dificuldades com insumos para iniciar a vacinação. Um dos exemplos é a necessidade de agulhas e seringas.

“Sabemos que o SUS tornou possível que o Brasil dispusesse de um dos melhores e mais abrangentes programas públicos de imunizações do mundo, responsável pela prevenção, controle e extinção de várias doenças. Portanto, a vacinação contra a Covid-19 deve ocorrer exclusivamente por meio do SUS”, salienta a carta.

A entidade emenda. “O que o Brasil necessita agora é de um Plano Operacional de Imunização, usando todas as vacinas aprovadas pela Anvisa, que contemple a todos os brasileiros gratuitamente, seguindo critérios de priorização técnicos e humanitários”, pondera.

A Andifes defende que a vacina deve ser um bem de todos e que trará importantes impactos para a população. “A sociedade brasileira não pode nem deve tolerar nenhum tipo de uso político da vacina, bem como não são aceitáveis quaisquer privilégios de qualquer natureza para acesso ao imunizante”, frisa.

Por fim, a carta ressalta que a saúde e a economia dependem de “responsabilidade e ação imediata”. “Defendemos que toda a população brasileira tenha garantido seu direito à vacina, em campanha coordenada pelo Ministério da Saúde, envolvendo todos os entes federativos, com a eficiência e celeridade necessárias para garantir que tenhamos a superação dessa pandemia com a maior brevidade”, destaca.

Resultados

Nesta terça-feira, o Instituto Butantan divulgou que a eficiência global da Coronavac é de 50,38%. Na semana passada, o órgão, ligado ao governo de São Paulo, havia anunciado – após quatro adiantamentos – que a eficácia da vacina contra a Covid-19 é de 78% em casos leves e de 100% nos graves.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que o Brasil terá  uma vacina segura e eficiente disponível “para todos os voluntários” depois da certificação da Anvisa. “Teremos a vacina de forma segura e eficiente, para todos os voluntários, depois de certificada pela Anvisa”, escreveu o mandatário no Twitter.

Sem data

Na segunda-feira (11/1), o ministro da Saúde afirmou que a campanha contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, começará “no dia D e hora H”.

A declaração foi dada em Manaus, onde o ministro cumpriu agenda. De acordo com o chefe da pasta, a imunização terá início até quatro dias após a aprovação do uso emergencial da vacina.

Pazuello ressaltou que foram compradas 354 milhões de doses. Para janeiro, a expectativa é aplicar as vacinas, se liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Butantan (6 milhões) e da Fiocruz (2 milhões).

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