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Unirio abre processo administrativo contra professor por assédio

O professor Leonardo Ávilla foi denunciado por assediar alunas da universidade do Rio e ameaçar retirar a bolsa de estudos delas

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O professor Leonardo Ávilla, da Unirio
1 de 1 O professor Leonardo Ávilla, da Unirio - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Denunciado por assédio sexual e moral por ex-alunas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), o professor Leonardo Ávilla é alvo de um processo administrativo aberto pela instituição para apurar as denúncias.

De acordo com as vítimas, o professor se valia do cargo de coordenador para ameaçar quem reagisse a suas investidas. O Fantástico, da TV Globo, ouviu 23 pessoas que afirmam ter sido vítimas de abusos, algumas delas se mudaram do interior para serem bolsistas.

Segundo as mulheres, Ávilla as ameaçava com o poder de cortar o benefício e de expulsá-las do programa da universidade.

“Eu não podia me dar ao luxo de simplesmente dizer para ele que não porque eu tinha medo de ele me mandar embora do laboratório. Como é que eu ia fazer?”, contou uma vítima, que dormiu com Ávilla.

O Metrópoles entrou em contato com a Unirio, mas até o momento a universidade não respondeu aos questionamentos.

Defesa nega acusações

O professor de paleontologia chefia o Laboratório de Mastozoologia da Unirio, que estuda mamíferos extintos. Contra ele também existem relatos de retaliação na produção acadêmica.

“Ele passou a mão na minha perna, na coxa, muito próximo da virilha. E perguntou se eu gostaria de fazer ménage com ele e a companheira. Neguei. Todo o trabalho que eu havia feito foi publicado sem o meu nome na autoria do artigo”, disse Cristina Bertoni, ex-professora de paleontologia.

À TV Globo Alexsander Silva, advogado do professor, negou qualquer tipo de acusação. “No decorrer da vida acadêmica dele, ele se relacionou com pessoas. Isso faz parte de um comportamento humano, normal, e é por isso que a nossa espécie progrediu. Mas ele nunca utilizou a posição dele para obter vantagem sexual contra qualquer tipo de aluno”, declarou.

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