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UNE cria site para reclamações contra Sisu: “Não se brinca com sonho”

Sisu 2024 apresentou falhas técnicas e deixou alguns candidatos com sensação de prejuízo, após “perderem” vagas

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Leo Munhoz/Arquivo NSC
Pessoa escrevendo em caderno em primeiro plano. Em segundo plano, outras pessoas estudam em uma sala de aula concurso - Metrópoles
1 de 1 Pessoa escrevendo em caderno em primeiro plano. Em segundo plano, outras pessoas estudam em uma sala de aula concurso - Metrópoles - Foto: Leo Munhoz/Arquivo NSC

A União Nacional dos Estudantes (UNE) divulgou, neste sábado (3/2), uma plataforma para reunir as reclamações dos candidatos do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024. Essa semana, o programa apresentou falhas, e estudantes avaliam que “perderam” as vagas devido a problemas técnicos relativos ao Ministério da Educação (MEC).

O site criado pela UNE é para reunir as denúncias de candidatos que se sentiram prejudicados pelo processo do Sisu. Além disso, a representação enviou um ofício ao MEC pedindo esclarecimentos das falhas e dos resultados divergentes apresentados pelo sistema.

“Pedimos ainda informações sobre os problemas enfrentados nos sistemas do ministério, bem como as providências adotadas para garantir a segurança e eficiência no Sisu, uma vez que todos os estudantes brasileiros têm direito à informação e transparência do processo”, escreveu a UNE, na rede social X (antigo Twitter).

“Não se brinca com o sonho dos estudantes”, destacou a entidade. “Queremos centralizar os casos para poder mediar a melhor solução diante desses erros graves”, explicou.

Entenda

A primeira chamada dos alunos aprovados nas universidades deveria ter sido publicada na terça-feira (30/1), no Sisu. No entanto, o programa do MEC apresentou falhas, e o resultado precisou ser adiado na quarta-feira (31/1).

Apenas uma porção dos candidatos conseguiu acesso ao sistema na terça e, por um erro, viram a lista de aprovação antes de todas as análises do processo de cotas. Dessa forma, quando saiu a lista oficial, alguns alunos “perderam” a vaga.

Isso porque, segundo informações do G1, o Sisu liberou erradamente e de forma antecipada a posição de alguns alunos nas listas de cursos, antes que todas as oito avaliações de cotas estivessem prontas.

Após uma mudança no sistema de análise, os alunos passaram a ser todos considerados para as vagas de universidade, independentemente de inscrição em critério de cotas.

Se a nota de um cotista for insuficiente para a ampla concorrência, então ele passará a concorrer pelas cotas. Mas esse processo tem várias etapas, já que o estudante poderá ser considerado pela renda, raça ou histórico em escola pública.

Na sexta-feira (2/2), o MEC admitiu a “divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos”, um dia antes do previsto pelo calendário.

O ministério se comprometeu a investigar as falhas do processo e o vazamento de dados.

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