Um dos responsáveis por invasão ao Siafi foi identificado, diz Haddad
Fernando Haddad disse que o ciclo de investigação ainda não está completo e que apurações tramitam sob sigilo. Sistema teria sido invadido
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse, nesta terça-feira (22/4), que um dos responsáveis pelo acesso ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) já foi identificado. O Siafi, órgão gerido pelo Tesouro Nacional, é o principal instrumento utilizado na execução de pagamentos do governo federal.
Além da invasão ao Siafi em abril deste ano, há suspeitas de que teria ocorrido a emissão de ordens bancárias para desvio de recursos da União.
“Não acredito que esteja completo o ciclo de investigação, mas ela teve início. Parece que um dos responsáveis já foi identificado, mas eu não tenho o nome nem nada disso, porque a investigação está sendo feita sob sigilo”, disse o ministro a jornalistas na portaria do Ministério da Fazenda.
O Tesouro sustenta que o episódio teria sido uma “utilização indevida” de credenciais obtidas de maneira inadequada. “As tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema”, diz o órgão, em nota.
No texto divulgado, o governo afirma que implementa ações de reforço à segurança do sistema.
“O Tesouro Nacional trabalha em colaboração com as autoridades competentes para a condução das investigações e reitera seu compromisso com a transparência, a segurança dos sistemas governamentais e a preservação do adequado zelo das informações, até o término das apurações”, diz trecho da nota.
O caso
A Polícia Federal (PF) afirmou que a investigação sobre o caso tramita sob sigilo.
Informações preliminares indicam que os invasores teriam acessado o Siafi com usuários gov.br de gestores e ordenadores de despesas para uso da plataforma para pagamentos.
Os criminosos teriam conseguido acesso a senhas diversas para burlar o sistema e simular pagamentos. Eles teriam feito isso utilizando CPFs de supostos “credores” que deveriam receber esses recursos. Segundo as investigações, parte pode ter sido enviada ao exterior.
Apurações apontam que, até o momento, o prejuízo aos cofres públicos é de ao menos R$ 3,5 milhões. Questionado sobre a cifra, Haddad disse não saber os valores.