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Um dia após a saída de Parente, Petrobras aumenta gasolina em 2,25%

Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%. Ou seja, 20 centavos por litro

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Petrobras – Combustível – Gasolina – Setor de inflamáveis
1 de 1 Petrobras – Combustível – Gasolina – Setor de inflamáveis - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Um dia após Pedro Parente entregar o cargo de presidente da Petrobras, a estatal brasileira aumentou em 2,25% o preço da gasolina em suas refinarias. De sexta-feira (1º/6) para este sábado (2), o litro do combustível ficou 4 centavos mais caro e passou de R$ 1,9671 para R$ 2,0113.

Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%, ou seja, 20 centavos por litro, já que, em 1º de maio, o combustível era negociado nas refinarias a R$ 1,8072. O preço do diesel, que recuou 30 centavos desde o dia 23 de maio, no ápice da greve dos caminhoneiros, será mantido em R$ 2,0316 por 60 dias.

Desgaste
Após o pedido de demissão, Parente divulgou uma carta endereçada ao presidente Michel Temer. Ele fez um balanço sobre os dois anos de sua gestão à frente da companhia. Segundo afirmou, entregou tudo o que foi prometido, “graças ao trabalho abnegado de um time de executivos, gerentes e o apoio de uma grande parte da força de trabalho da empresa”.

Para o ex-chefe da estatal, após a crise gerada pela greve dos caminhoneiros, novas discussões são necessárias e, por isso, sua “permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente”.

Parente sofreu grande desgaste desde a eclosão da greve dos caminhoneiros, sendo alvo de críticas dos manifestantes, de políticos da oposição e da base de apoio do governo. Segundo alegou na carta, a paralisação dos condutores de caminhão foi o principal motivo de sua decisão.

Brasilienses ainda sofrem
A crise provocada pela greve dos caminhoneiros ainda não acabou totalmente. No DF, a comercialização do gás de cozinha (GLP) e de combustíveis não está normalizada, assim como a distribuição de alguns alimentos.

Mesmo com a previsão de chegada, neste sábado (2/6), de 28 mil botijões – 8 mil a mais do que a média de consumo diário –, o setor deve voltar à normalidade apenas daqui a três dias, segundo estima o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras e Revendedoras de Gás LP do Distrito Federal (Sindvargas), Sérgio Costa. Para isso, porém, o sindicalista alerta: é preciso que as pessoas comprem só o necessário.

Na sexta-feira (1º), as revendedoras receberam 18 mil botijões, os quais foram vendidos rapidamente. Sérgio Costa disse que a escassez ocorre porque “pessoas que não precisam de fato do produto estão estocando”.

Outro problema foi constatado pelo Metrópoles nessa sexta. Aproveitando-se do desespero da população, atravessadores compram gás e o oferecem por até três vezes mais do que o valor cobrado nas revendedoras. Na Feira do Guará, por exemplo, um deles vendia o botijão de 13kg por R$ 180. O custo nas empresas fica entre R$ 60 e R$ 85.

Combustíveis
Quem ainda não encheu o tanque também pode enfrentar filas, especialmente nas regiões periféricas e no Entorno do DF. Apesar de 70% dos postos já terem recebido combustíveis nessa sexta (1°/6), segundo o presidente do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Distrito Federal (Sinpospetro-DF), Carlos Alves dos Santos, a previsão é de que o abastecimento seja normalizado apenas na quarta (6) ou na quinta-feira (7).

“Ainda está muito lento o processo”, observou Carlos dos Santos. O Distrito Federal tem 322 estabelecimentos que comercializam combustíveis. Desses, 30% são de “bandeira branca”. Muitos ainda estão com bombas vazias.

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