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Um ano de saudade: ONG homenageará o menino Henry, morto aos 4 anos

Na Justiça, advogados de Monique e Jairinho alegam inocência dos dois acusados do crime; pai do menino, Leniel, luta por condenação

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Rio de Janeiro – Um protesto silencioso. É assim que a ONG Núcleo de Assistência às Vítimas de Violência (NAVV) vai homenagear nesta terça-feira (8/3) o menino Henry Borel, de 4 anos, morto há exatamente um ano. A entidade vai soltar 200 balões, brancos e azuis, cor predileta do garoto, às 9h, em Copacabana, zona sul do Rio, e ao meio-dia no bairro de Araçariguama, Sorocaba, região metropolitana de São Paulo.

“Vamos reunir mães que tiveram seus filhos retirados de forma brutal”, afirmou Mirian Costa. Pai do menino, o engenheiro Leniel Borel não vai participar da manifestação. “É um dia muito difícil. Acordo todos os dias para lutar por Justiça”, afirmou Leniel ao Metrópoles.

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Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, falou durante o julgamento em que é acusada
O ex-vereador conseguiu uma autorização em outubro para ver o primeiro dia de audiência na prisão
Em audiência, o pai falou sobre os medos relatados por Henry
Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel
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Monique Medeiros e Dr. Jairinho no julgamento pela morte de Henry Borel

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Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, falou durante o julgamento em que é acusada

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O ex-vereador conseguiu uma autorização em outubro para ver o primeiro dia de audiência na prisão

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Em audiência, o pai falou sobre os medos relatados por Henry

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Polícia do Rio investiga a morte de Henry Borel

Reprodução redes sociais

Com pouco tempo de investigação da polícia, a morte do menino chocava o país, por trazer para o centro das acusações a mãe, a professora Monique Medeiros, e o então padrasto, médico e atualmente vereador cassado Jairo Souza dos Santos Junior, o Dr. Jairinho.

Na Justiça, os advogados de Jairinho contestam laudo do Instituto Médico Legal (IML) que apontou 23 lesões no corpo de Henry provocados por violência. “Recebemos um raio-x do corpo do menino que coloca esta versão em xeque. Queremos que nossos peritos e da polícia sejam ouvidos”, afirmou a advogada Flávia Fróes.

A defesa de Jairinho contratou o perito criminal Sami El Jund, que participou do caso Marcos Matsunaga, assassinado e esquartejado em maio de 2012, em São Paulo. Ele atuou na defesa de Elize Matsunaga, 35 anos, acusada do crime. “Vamos até o Supremo para que nossos peritos e os outros que atuaram no caso sejam ouvidos”, afirmou Flávia.

A defesa de Jairinho pede à Justiça para que ele só seja interrogado após o depoimento dos especialistas. “Há previsão do julgamento de um habeas corpus neste sentido no próximo dia 22 de março”, informou Flávia.

Os advogados de Monique também alegam que ela é inocente.

“A defesa de Monique informa que se compadece do sofrimento dos familiares, sobretudo com relação à mãe do menor, que sequer teve o direito de sofrer o luto de seu amado filho. Que esta data seja um momento de cobrar do poder judiciário rápida, definitiva e justa solução para o caso, punindo o verdadeiro culpado por este evento”, diz em nota.

O crime

O menino Henry Borel foi socorrido por Jairinho e Monique para o hospital Copa D’Or na madrugada do dia 8 de março. À época, o então casal alegou que a morte era resultado de um acidente doméstico. Um mês depois, eles foram acusados de tortura e homicídio triplamente qualificado.

Agora, o ex-casal responde o caso no 2º Tribunal do Júri para saber se serão levados a júri popular. “Quero aplaudir a Justiça de pé quando Monique e Jairinho forem condenados”, afirmou Leniel.

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