UFRJ votou pela liberação de máscaras, diz secretário de Saúde do Rio
Após UFRJ defender uso de máscaras no campus, secretário de Saúde diz que integrante da universidade em comitê municipal aprovou liberação
atualizado
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Rio de Janeiro – Com a liberação do uso de máscaras no Rio, decretada na segunda-feira (7/3), após reunião do Conselho Científico, uma parcela dos cariocas já dispensou o uso do equipamento de proteção. No entanto, outros mantém a cautela mesmo após a sinalização da prefeitura.
Poucas horas após a publicação da medida em uma publicação extra do Diário Oficial, algumas instituições, como no caso da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), publicaram nota afirmando que “o uso de máscaras deve permanecer obrigatório nos ambientes fechados”.
Na manhã desta terça-feira (8/3), o secretário da Saúde, Daniel Soranz, disse que a própria UFRJ faz parte do Comitê Científico da Prefeitura e que foi entendido que é o momento para desobrigar o uso do acessório:
“Tanto a UFRJ, quanto a Fiocruz, têm um posicionamento formal, elas têm assento no nosso Comitê. O membro da UFRJ foi indicado pela reitora, que é o Alberto Chebabo, que também entendeu que é o momento de deixar livre para as pessoas decidirem quanto ao uso da máscara”, disse Soranz.
“As instituições podem tomar essa decisão [de permanecer ou não com a proteção]. É importante que quando elas tomem essa decisão, mostrem quais os indicadores que de fato determinam essa decisão. É importante entender o momento de cada pessoa e de cada instituição também”, acrescentou o secretário.
Indicadores
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a cidade do Rio tem os menores índices da Covid desde o começo da pandemia. Atualmente, as taxas de internações permanecem abaixo de 1%, e a cada 100 pessoas que fazem o teste para a doença, menos de 5% positivam.
“Hoje é cada vez mais difícil ver um caso grave de Covid no Rio por causa da nossa alta cobertura vacinal”, pontuou o Soranz.
Essas condições, associadas a uma melhora do cenário epidemiológico, permitiram que o Comitê Científico do Rio liberasse o uso da proteção facial também em ambientes fechados.
Passaporte da vacina
O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, ressaltou, no entanto, que a exigência do passaporte da vacina continua mantida até a cidade chegar a 70% da população adulta com a dose de reforço. Hoje, esse indicador está em 55%.
“Vai depender do carioca, da adesão da população. Precisamos que todo mundo faça sua parte e tome a dose de reforço o quanto antes. Temos quase 700 mil pessoas que ainda não buscaram os postos de saúde. É a nossa maior preocupação hoje”, apontou Soranz.
“É importante que as pessoas tomem a dose de reforço, a cobertura vacinal não dura para sempre. Se as pessoas não fizerem a dose de reforço, certamente no futuro teremos uma variante já eliminada de volta, como é o caso da Delta e da Gama”.