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Ufal: saiba por que aluno autista que passou para medicina foi barrado

O aluno Davi Ramon da Silva Santos foi diagnosticado com autismo de suporte 1, nível mais brando, aos 20 anos

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1 de 1 Imagem colorida de estudante com autismo desclassificado pela Ufal - Metrópoles - Foto: Reprodução

Um jovem de 21 anos com autismo foi aprovado para o curso de medicina na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), porém ele foi impedido de realizar matrícula em uma das vagas para PcD, mesmo após mostrar laudo. A entrada de Davi Ramon da Silva Santos no curso de medicina foi negada pela banca biopsicossocial, que verifica e valida a autodeclaração de pessoas com deficiência na Ufal.

Após ter matrícula negada, Davi entrou com recurso, esse também foi negado. Ao GazetaWeb, parceiro do Metrópoles, a cunhada de Davi, Jane Silva, detalhou o processo que o estudante está passando para entrar no curso de medicina.

No recuso do Davi consta que foram anexados laudos atentando o TEA de quatro profissionais, dois neurologistas, uma neuropsicóloga e uma psicóloga.

O resultado definitivo que indeferiu o pedido do aluno alega que a banca de verificação é composta por avaliadores multiprofissionais, todos com doutorado e experiência em Educação Especial e TEA. Das vagas ofertadas, duas eram destinadas a pessoas com deficiência.

Após a matrícula ser negada, Davi entrou com um recurso na Justiça Federal, que ainda não foi julgado. “A avaliação durou apenas uma hora. Pelo que o Davi nos contou, ele respondeu algumas perguntas sobre sua vida e rotina. Mas ele já passou por profissionais especialistas, que o acompanham desde o diagnóstico e que não poderiam ser desacreditados”, diz Jane.

Ao contestar a decisão da banca, Davi reafirma sua condição, citando a Lei nº 12.764/2012 e a Lei nº 13.146/2015, que reconhecem o TEA como uma deficiência, independentemente do nível de suporte necessário.

O jovem foi diagnóstico com autismo de suporte 1, nível mais brando, ao 20 anos. Quem identificou os sinais foi Jane, “Eu já convivo com uma pessoa autista há alguns anos e pude perceber no Davi os mesmos traços. Foi depois de conversar com familiares dele, que procuramos profissionais e ele teve o diagnóstico”, disse.

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