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UE e EUA rebatem Lula após brasileiro dizer que “prolongam” a guerra

Presidente Lula afirmou que envio de armas da União Europeia e Estados Unidos a Kiev ajuda a prolongar o conflito entre Ucrânia e Rússia

atualizado

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A União Europeia (UE) e os Estados Unidos rebateram as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra no Leste Europeu, quando o presidente brasileiro responsabilizou tanto Ucrânia e quanto Rússia pelo conflito, além de dizer que países do Ocidente “prolongam” a guerra.

Em pronunciamento nesta segunda-feira (17/4), Peter Stano, porta-voz principal para Assuntos Externos da UE, afirmou que a Rússia é a “única responsável” pela guerra entre os dois países.

“Em referência as falas do presidente brasileiro gostaria apenas de lembrar alguns fatos básicos. O fato número um é que a Rússia – e apenas a Rússia é responsável pela agressão ilegítima e não provocada contra a Ucrânia. Então não há dúvidas sobre quem é o agressor e quem é a vítima”, disse Stano.

Por sua vez, o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que Lula apenas “reproduz propaganda russa e chinesa”, em dclarações “simplesmente equivocadas”.

“Nesse caso, o Brasil está repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos”, ressaltou Kirby.

Prolongamento do conflito

As declarações vêm em resposta a falas que o presidente brasileiro fez durante viagem aos Emirados Árabes Unidos, quando disse que “a decisão da guerra foi tomada por dois países”, em coletiva de imprensa nesta domingo (16/4). Na mesma oportunidade, Lula também afirmou que Estados Unidos e Europa são culpados pelo prolongamento do conflito.

De acordo com Stano, os EUA e outros parceiros internacionais estão ajudando a Ucrânia a exercer o  “legítimo direito de autodefesa”.

“A verdade é que Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal em violação da carta da ONU. É verdade que a UE, os EUA e outros parceiros internacionais estão apoiando a Ucrânia na sua legítima defesa”, completou o porta-voz.

A guerra na Ucrânia começou em 24 de fevereiro de 2022, após a Rússia invadir o país vizinho. Desde o início do conflito Kiev recebe armamentos e munições de vários países europeus e Estados Unidos.

O governo brasileiro chegou a receber pedidos dos europeus para que vendesse munições aos ucranianos, mas o presidente Lula decidiu se manter neutro e afirmou que o Brasil não se envolveria na guerra.

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