Uber e MeToo firmam parceria para acolher vítimas de discriminação
Serviços serão direcionados para usuários e motoristas do aplicativo que foram vítimas de LGBTfobia, racismo e outros
atualizado
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No Dia Internacional de Combate à LGBTIfobia, a organização MeToo Brasil, que acolhe vítimas de violência sexual, anunciou uma parceria com a Uber para atender usuários e motoristas parceiros. O canal prestará serviços a vítimas de condutas discriminatórias baseadas em raça, identidade de gênero, orientação sexual, expressão de gênero, intolerância religiosa, capacitismo, entre outros.
“Segurança e prevenção sempre serão prioridade, mas nós acreditamos que o investimento em iniciativas e conteúdos educativos que combatam a violência sexual e a discriminação precisa vir acompanhado do acolhimento das denúncias e de um suporte qualificado caso algo aconteça”, afirma Celeste Lazzerini, Líder de Projetos para Segurança, Gênero e Transparência da Uber na América Latina.
Pelo canal, pessoas podem reportar incidentes do tipo pelo aplicativo da Uber. Após serem atendidas pelo time de suporte do app, as vítimas são encaminhadas ao suporte psicológico do MeToo Brasil.
A assistência psicológica consiste em até quatro sessões de uma hora cada, que são conduzidas por psicólogos especializados, em que as vítimas podem dar seus depoimentos de forma sigilosa. O objetivo é dar um primeiro acolhimento e auxiliar a pessoa para que ela se sinta segura e apoiada ao enfrentar o trauma vivido.
“O Brasil é um país estruturalmente racista e LGBTfóbico e nós somos o primeiro país do mundo em transfeminicídio. Pensar em uma resposta adequada e em um acolhimento psicológico para pessoas que passam por experiências traumatizantes por condutas discriminatórias dentro da plataforma é muito positivo e inovador e deveria ser feito por todas as empresas”, diz a presidente do Me Too Brasil, Marina Ganzarolli.
Além da parceria com a Uber, a MeToo Brasil, a partir da união de esforços com o projeto Justiceiras, proporciona apoio psicológico, jurídico, assistencial e de orientação às sobreviventes e a tomada de providências necessárias junto às autoridades competentes, além do encaminhamento à Ouvidoria das Mulheres do Conselho Nacional do Ministério Público. As vítimas pedem apoio por meio do site metoobrasil.org.br.