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“Tudo indica”, diz delegado sobre possível erro de militares no Rio

Em ação, oficiais mataram um homem e deixaram outro ferido. Soldados podem ter confundido carro de família com o de assaltantes

atualizado

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FABIO MOTTA/ESTADÃO
OPERACAO FORCA NACIONAL E FORCAS ARMADAS
1 de 1 OPERACAO FORCA NACIONAL E FORCAS ARMADAS - Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

A Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com a hipótese de erro na ação de militares do Exército que culminou com a morte de um homem e ferir outro nesse domingo (7/4). Segundo o delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de Homicídios (DH-Capital), “tudo indica” que os oficiais fuzilaram o carro ao confundi-lo com o de criminosos.

Dentro do veículo estavam Evaldo Rosa dos Santos, que acabou morto, a mulher e a filha da vítima, uma criança de 5 anos. As duas escaparam ilesas. “Tudo que foi apurado era que realmente era uma família normal, de bem, que acabou sendo vítima dos militares”, falou Salgado, em entrevista à TV Globo.

Para o delegado, não há suspeita de envolvimento da família com o crime. “Não foi encontrada nenhuma arma [no veículo]. Foram diversos disparos de arma de fogo efetuados e tudo indica que os militares realmente confundiram o veículo com um veículo de bandidos. Mas neste veículo estava uma família”, completou.

Salgado considera que a abordagem deveria ter sido menos agressiva, por exemplo, com a prisão em flagrante, se necessário. “Fica muito difícil tomar uma decisão diferente dessa, não vejo uma legítima defesa pela quantidade de tiros que foi. Os indícios apontam para uma prisão em flagrante”, destacou.

Segundo o Exército, os militares flagraram um assalto e foram atacados pelos criminosos. O caso ocorreu em Guadalupe, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Eles, então, responderam à agressão e atiraram contra o carro. O homem que morreu e o outro, ferido, segundo o Comando Militar do Leste, eram assaltantes.

Para a família de Evaldo Rosa, houve um erro por parte dos militares. Após a repercussão negativa do caso, o Comando Militar do Leste (CML) determinou a coleta de depoimentos dos militares e civis para apurar o ocorrido.

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