TSE dá início ao teste de segurança das urnas para eleições municipais
O Teste Público de Segurança faz parte das ações do TSE para fiscalizar e garantir a transparência sobre as urnas eletrônicas e as eleições
atualizado
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Começou nesta segunda-feira (27/11) o Teste Público de Segurança (TPS) das urnas eletrônicas que serão usadas nas eleições municipais de 2024. A iniciativa faz parte de uma série de ações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para garantir a segurança dos equipamentos e ampliar a transparência sobre o sistema eletrônico de votação.
A abertura oficial da 7ª edição do TPS ocorreu nesta segunda-feira, na sede do TSE, em Brasília. O evento vai até sexta-feira (1°/12) e é aberto ao público.
O secretário de tecnologia e informação da Corte, Julio Valente, afirmou que esse momento é um dos mais importantes do ciclo das eleições.
Ele destacou que o processo eleitoral é baseado em três pilares: segurança, transparência e auditabilidade, e celebrou o engajamento da sociedade no aprimoramento do sistema de votação. Neste ano, houve recorde de inscritos para participação no teste.
“O Teste Público de Segurança é importante porque ele, efetivamente, demonstra a participação da sociedade civil brasileira na construção e no aprimoramento contínuo da segurança do processo eleitoral”, destacou o secretário.
“Hoje, nós podemos dizer com muita segurança, com muita certeza, que a segurança do processo eleitoral brasileiro é mantida, de forma mais atualizada possível, a partir desse esforço coletivo”, completou.
Ao todo, serão 36 especialistas em tecnologia da informação que terão acesso aos componentes internos e externos da urna eletrônica, entre eles, os sistemas usados para a geração de mídias, votação, apuração, transmissão e recebimento de arquivos.
Como funciona o teste do TSE
O TPS é uma das etapas de fiscalização e auditoria das urnas eletrônicas. Nela, os investigadores podem propor e executar ataques aos sistemas a fim de identificar possíveis vulnerabilidades e oportunidades de melhorias a serem incorporadas antes das eleições. A principal missão dos especialistas é tentar violar o sigilo e integridade do voto.
Os planos de testes precisam ser rastreáveis e repetíveis, pois, caso os investigadores consigam executar ataques às urnas, a Corte precisa ter capacidade de reproduzir a investida e corrigi-la. Os participantes serão convocados novamente, em maio do ano que vem, para verificar se as falhas apontadas foram solucionadas.
O teste é feito em um ambiente monitorado e preparado com computadores, urnas, impressoras e todas as ferramentas necessárias para desempenhar os planos. A entrada de celulares é vedada.
Em outubro, o TSE abriu o acesso ao código-fonte dos equipamentos que serão usados nas eleições do ano que vem. O procedimento é padrão e acontece sempre no ano anterior ao pleito.
A abertura do código-fonte também faz parte das ações de fiscalização do sistema eletrônico de votação.
Novas urnas
Uma das novidades da edição deste ano é o acesso aos modelos mais recentes das urnas eletrônicas (UE 2020 e UE 2022). O último TPS, em 2021, foi realizado com os modelos UE 2015.
Os novos equipamentos têm maior capacidade de processamento e traz o aprimoramento de recursos de acessibilidadade e segurança, transparência e agilidade.