TSE mantém preso ex-deputado acusado de violência política de gênero
Ex-deputado federal Wladimir Costa foi denunciado pelo MP Eleitoral por ofender e expor a vida pessoal da deputada Renilce Nicodemos (MDB)
atualizado
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter a prisão preventiva do ex-deputado federal Wladimir Afonso Rabelo da Costa por unanimidade. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral por violência política de gênero contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA).
O ex-congressista havia entrado com um pedido de habeas corpus na Corte.
De acordo com a denúncia, Wladimir usava suas redes sociais para publicar ofensas e expor a vida pessoal da parlamentar. O ex-deputado teve um mandato na Câmara de 2003 até 2019.
Ex-deputado atuou além das redes sociais
Durante o julgamento, o vice-procurador-geral Eleitoral, Alexandre Espinosa, defendeu a manutenção da prisão preventiva porque Wladimir promoveu lives e postagens nas redes sociais que buscavam constranger, ameaçar e perseguir Renilce.
“O acusado não se limitou à utilização das redes sociais, passando a criar e divulgar montagens com o objetivo de manchar o nome da deputada federal, passando, inclusive a utilizar os arquivos da própria vítima em proveito das ofendas”, argumentou.
Espinosa completou dizendo que o ex-deputado “realizou lives nas plataformas sociais nas quais fazia ilações acerca de relacionamentos amorosos da vítima e incentivava violência contra ela”.
O ex-deputado ficou conhecido por tatuar temporariamente o nome do ex-presidente Michel Temer. Na Câmara, ele chegou a liderar a bancada do Solidariedade.