TSE manda apagar vídeo em que Lula liga Bolsonaro à morte de petista
Benedito Cardoso dos Santos foi morto a facadas em 9/9 por um apoiador de Bolsonaro, após uma discussão por política em Confresa (MT)
atualizado
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A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Cármen Lúcia determinou, nesta quinta-feira (6/10), a exclusão da fala do ex-presidente e candidato à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que liga o presidente Jair Bolsonaro ao assassinato de um petista no Mato Grosso. Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, foi morto a facadas e 9 de setembro por um apoiador de Bolsonaro, após uma discussão política.
Em decisão, a ministra dá o prazo de 24h para que o Instagram e o Youtube apaguem dois vídeos do perfil do ex-presidente. As imagens que circulam nas redes foram gravadas em Taboão da Serra, São Paulo, em 10 de setembro.
O discurso do petista que faz alusão ao presidente foi: “O PT tem obrigação de saber todas as coisas para ajudar esta família que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro”.
A ação foi movida na Justiça Eleitoral pela coligação de campanha do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a ministra, o petista faz relação do “comportamento de candidato à morte de determinada pessoa”. De acordo com a coligação, Lula tentou colocar a culpa da morte em Bolsonaro e fez uso, mais uma vez, do adjetivo de “genocida”.
Assassinato em MT
Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, foi morto na manhã de (9/9), e Rafael Silva de Oliveira, de 24, acabou preso acusado pelo crime. Os dois homens, que eram funcionários de uma agrovila na zona rural de Confresa (MT), a 1.167 km de Cuiabá, tiveram uma discussão política. Rafael, exaltado, deu várias facadas em Benedito.
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De acordo com as informações da Polícia Civil do estado, o suspeito é apoiador de Jair Bolsonaro (PL) e teria demonstrado apoio à reeleição. Já Benedito defendia a eleição do principal opositor do governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
À chefe, Rafael disse que dois homens teriam invadido o local, executado Benedito e depois ainda teriam tentado matá-lo. Contudo, a mulher suspeitou dele e chamou a Polícia Militar, que prendeu Rafael em flagrante. Em depoimento, ele confessou que “acabou saindo de si e matou seu colega com golpes de faca”.
A Justiça converteu a prisão do acusado de flagrante para preventiva, ou seja, Rafael ficará detido por tempo indeterminado.