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TSE cassa prefeito de Brusque e deixa Luciano Hang inelegível

Na decisão, ministros apontam que houve abuso de poder econômico de Luciano Hang, proprietário da Havan, que resultou na quebra da isonomia

atualizado

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Luciano Hang com a bandeira do Brasil durante o desfile do 7 de setembro
1 de 1 Luciano Hang com a bandeira do Brasil durante o desfile do 7 de setembro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A coligação Brusque Mais Forte, que venceu as eleições municipais em 2020 em Brusque, em Santa Catarina, foi cassada nesta quinta-feira (4/5) por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prefeito Ari Vequi (MDB) e o vice Pastor Gilmar (DC), além do empresário Luciano Hang, ficarão inelegíveis até 2028. Em 2020, a chapa foi eleita com 25.734 votos (50,23%).

Na decisão, os ministros apontam que houve abuso de poder econômico de Luciano Hang, que resultou na quebra da isonomia das eleições. Durante o pleito, Hang publicou vídeos “entrevistando” funcionários de sua empresa, a Havan, “induzindo a comunidade brusquense a não votar no PT”.

Nas imagens, os funcionários pedem que os brusquenses não “votem errado”, se referindo ao PT.

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Senador Jorge Seif e Luciano Hang, dono da Havan
Luciano Hang com a Bandeira do Brasil durante o desfile do 7 de Setembro
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Silvio Santos ao lado do empresário Luciano Hang, dono da Havan

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Rodolfo Espínola/AgênciaAL
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Senador Jorge Seif e Luciano Hang, dono da Havan

Divulgação
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Luciano Hang com a Bandeira do Brasil durante o desfile do 7 de Setembro

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“Nesse contexto, impõe-se ao TSE, não foi um fato isolado, mas uma sequência de fatos, uma campanha paralela feita pelo empresário da maior empresa e mais conhecida da cidade a favor de um dos candidatos”, disse Alexandre de Moraes, presidente da Corte, em seu voto.

Segundo Moraes, houve abuso do poder econômico e assédio eleitoral aos funcionários e aos fornecedores da empresa.

Além disso, o ministro cita que houve tentativa de Luciano Hang de fazer confusão para o eleitor entre pessoa jurídica e pessoa física, com uma atuação estável da pessoa jurídica no processo eleitoral, tendo em vista a utilização de estratégia organizada visando esvaziar a candidatura adversárias. “Uma verdadeira campanha paralela”, finalizou.

Por 5 votos a 2, os ministros reconheceram a inelegibilidade de todos os envolvidos – Vequi, Pastor Gilmar e Hang – para as eleições nos oito anos subsequentes ao pleito de 2020.

Questionado pelo Metrópoles, Luciano Hang afirmou que apenas manifestou sua liberdade de expressão. Veja a nota na íntegra:

“Brusque é um exemplo para o nosso país. Uma cidade com pleno emprego, que acolhe milhares de pessoas de todo o Brasil em busca de oportunidades, possui a cultura empreendedora, apresenta bons índices na segurança pública e ótima qualidade de vida.
Como cidadão, que nasceu e mora em Brusque (SC), manifestei a minha liberdade de expressão, expondo aquilo que achava mais apropriado para que nossa cidade continuasse seguindo nesse caminho.
Por fim, foi o povo que escolheu pela continuidade da geração de empregos e da qualidade de vida em Brusque.
Respeito o Tribunal Superior Eleitoral, mas tenho a convicção de que nada fiz de errado, pois sei que apenas manifestei a minha opinião como qualquer cidadão.”

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