Trump e aliados orientaram Bolsonaro a contestar eleição, diz jornal
O ex-presidente norte-americano Donald Trump e Eduardo Bolsonaro se encontraram em um resort na Flórida, nos Estados Unidos
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-presidente Donald Trump aconselhou Eduardo Bolsonaro (PL) a contestar o resultado das eleições presidenciais brasileiras, segundo o jornal The Washington Post, dos Estados Unidos, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O encontro entre o deputado federal por São Paulo, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), teria ocorrido no resort de luxo de Trump Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida (EUA).
Segundo a reportagem, publicada nessa quarta-feira (23/11), Eduardo Bolsonaro também conversou com aliados políticos de Trump. De acordo com a publicação, o filho do presidente brasileiro teria recebido conselhos do estrategista-chefe do então governo Trumpo, Stephen K. Bannon, e almoçou com o ex-porta-voz da campanha de Trump, Jason Miller. Também discutiu a censura on-line e a liberdade de expressão.
Ver essa foto no Instagram
O Washington Post afirma que Bannon teria aconselhado a equipe de Bolsonaro a refutar o resultado das urnas eletrônicas para fomentar as manifestações que ocorrem em todo o Brasil e mostrar o tamanho do apoio popular do atual mandatário.
“A ‘Primavera Brasileira’ foi cunhada logo após a eleição por Bannon”, apontou o jornal norte-americano.
Segundo o jornal norte-americano, alguns aliados do presidente Bolsonaro estão divididos sobre quais serão os próximos passos dados pela campanha e pelo Partido Liberal. Alguns recomendam a contestação imediata do resultado, outros querem “uma guerra global em defesa da liberdade de expressão”.
Aliados de Bolsonaro alegam problemas nas urnas
A Coligação Pelo Bem do Brasil, construída entre partidos da base aliada do presidente Bolsonaro, protocolaram uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que contestavam a segurança das urnas eletrônicas.
Entretanto, o pedido solicitou apenas a verificação extraordinária das urnas eletrônicas durante o segundo turno das eleições. Assim, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, negou a solicitação e multou a Coligação Pelo Bem do Brasil em multa de cerca de R$ 22,9 milhões por má-fé com a ação.