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Trio usava hotel de luxo e roupa fina para simular diretoria de bancos

Segundo a Polícia Civil, eles marcavam reuniões em hotel de luxo e andavam bem vestidos. Dois suspeitos foram presos e um está foragido

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Divulgação/Polícia Civil de Goiás
imagem colorida suspeitos de se passarem por diretores de banco para aplicar golpes milionários
1 de 1 imagem colorida suspeitos de se passarem por diretores de banco para aplicar golpes milionários - Foto: Divulgação/Polícia Civil de Goiás

Goiânia – Três homens são suspeitos de se passarem por diretores de grandes bancos para aplicar golpes milionários em empresários e fazendeiros de diferentes estados do país. Segundo informações da Polícia Civil de Goiás (PCGO), os investigados andavam bem vestidos e se reuniam em hotel de luxo da capital goiana para convencer as vítimas.

Os suspeitos Girlandio Pereira Chaves, de 49 anos, e Gilberto Rodrigues de Oliveira, de 54 anos, foram presos na última sexta-feira (9/2), em Goiânia, de forma preventiva. O terceiro suspeito, identificado como Luciano Oliveira Gomes, é procurado pela polícia.

A polícia autuou os suspeitos por estelionato e associação criminosa. Mas segundo a polícia, todos eles já têm antecedentes pelos mais diversos crimes.

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Luciano Oliveira Gomes é suspeito de se passar por diretor de grandes bancos para aplicar golpes
Segundo a PCGO, suspeitos andavam bem vestidos e se reuniam em hoteis de luxo
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Gilberto Rodrigues (lado esquerdo) e Girlandio Pereira (lado direito) presos suspeitos de de se passarem por diretores de bancos para aplicar golpes

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Luciano Oliveira Gomes é suspeito de se passar por diretor de grandes bancos para aplicar golpes

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Segundo a PCGO, suspeitos andavam bem vestidos e se reuniam em hoteis de luxo

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O golpe que usava hotel de luxo e roupa chique

De acordo com o delegado responsável pela investigação do caso, Daniel Oliveira, os homens entravam em contato com empresários e fazendeiros se passando por diretores de grandes bancos, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O grupo prometia liberação de empréstimos milionários, em troca de uma porcentagem a título de comissão.

Quando as vítimas chegavam aos lugares marcados, os ambientes também sempre estavam decorados com informações do suposto banco.

Segundo a PCGO, há evidências de que o trio pratica esse tipo de golpe desde 2018. Oliveira aponta que os suspeitos eram discretos e não mantinham redes sociais.

Vítimas em todo o Brasil

Apenas no estado de Goiás, a PCGO identificou sete vítimas do trio. Juntos, os prejuízos somados chegam a R$ 4,7 milhões. A polícia também já confirmou outras quatro vítimas no Distrito Federal. A polícia de lá chegou a cumprir mandados de busca e apreensão em Goiânia, em junho de 2023, mas não os encontrou.

A corporação acredita que existem outras inúmeras vítimas por todo país. Em maio do ano passado, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, formalizou uma denúncia sobre essas fraudes ao então ministro da justiça e segurança pública, Flávio Dino.

Segundo o delegado, o que tornou possível a prisão do trio na última semana foi um golpe que eles aplicaram contra uma procuradora aposentada do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins, no final de dezembro do ano passado. A vítima teve um prejuízo de R$ 1 milhão.

A procuradora buscava um empréstimo de R$ 15 milhões e, segundo a polícia, para passar a impressão de que o valor seria pago, os homens entregaram a ela uma bolsa cheia de dólares falsos e fugiram com o dinheiro verdadeiro.

A polícia encontrou a bolsa cheia de dinheiro falso. No entanto, Gilberto foi encontrado com R$ 39,1 mil em espécie. Os valores foram apreendidos.

Fora isso, as investigações também descobriram que existia um mandado de prisão em aberto contra Girlandio, aberto pela Justiça do Espírito Santo, de onde ele fugiu em maio de 2016, após ter sido beneficiado com uma progressão de pena para o regime aberto por um crime de roubo qualificado.

O nome e fotos dos suspeitos estão sendo divulgadas pela Polícia Civil de Goiás na tentativa de que mais vítimas procurem a delegacia para denunciá-los.

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