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Texto final da tributária atende sugestão de Haddad sobre cashback

Haddad havia sugerido aumentar devolução de parte dos impostos aos mais pobres para compensar carnes fora da cesta isenta na tributária

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida de Haddad e Arthur Lira reforma tributária cashback - Metrópoles - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

O grupo de trabalho (GT) do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 68/2024, que trata da reforma tributária, protocolou o relatório final, nesta quarta-feira (10/7), contemplando em partes a sugestão do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre ampliar o cashback (devolução de parte dos impostos pagos pela população).

O cashback é destinado às famílias que recebem até meio salário mínimo e que são inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).

Na terça-feira (9/7), Haddad havia sugerido aumentar o cashback para compensar a ausência das carnes na cesta básica isenta. O texto final não trouxe a proteína animal , mas incluiu parte da ideia do ministro no caso de água e luz, aumentando a devolução do imposto federal de 50% para 100%.

O parecer deixou a isenção das carnes em 60% e o cashback para quem ganha até meio salário mínimo com 100% de devolução para o gás de cozinha e  de 20% para outros produtos sobre o imposto federal.

Na prática, o GT alterou só a porcentagem da devolução de água e luz, não dos demais produtos. Ficaram estabelecidos no relatório os seguintes percentuais para o cashback:

  • 100% para a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) – o imposto federal – e 20% para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – imposto estadual e municipal – para o gás de cozinha;
  • 100% para a CBS e 20% para o IBS no caso de energia elétrica, água e esgoto;
  • 20% para a CBS e para o IBS nos demais casos.

Plenário terá palavra final sobre tributária

O debate sobre a inclusão de carnes na sexta básica vai se arrastar durante a votação no plenário. A sessão que vai analisar o PLP está prevista para começar às 10h (horário de Brasília). Deputados ligados ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, vão apresentar um destaque para a inclusão das carnes.

A bancada ruralista quer que a proteína animal seja incluída. A justificativa do GT para deixar as carnes de fora é de que a inclusão vai aumentar a alíquota geral, hoje orçada em 26,5%, em 0,53%. Na visão dos integrantes do grupo, o tema merece uma decisão política da Casa.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já disse ser contrário a inclusão das carnes, e um dos motivos é pela preocupação de ser colocado a pecha de que a Casa foi a responsável pela alta da alíquota geral do novo sistema tributário.

Lira tenta construir um consenso com os líderes para que sejam votados o mínimo de destaques possíveis. O presidente da Câmara quer que o debate com mudanças maiores, como a inclusão das carnes, seja resolvido antes da votação.

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