Tribunal de Contas do Município do Rio exonera mãe do menino Henry
Monique Medeiros e o padrasto do garoto, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, estão presos suspeitos do crime
atualizado
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Rio de Janeiro – O Tribunal de Contas do Município (TCM) do Rio de Janeiro exonerou a professora Monique Medeiros Costa e Silva de Almeida, mãe do garoto Henry Borel, de 4 anos, morto em 8 de março.
A professora e o padrasto da criança, o médico e vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho, foram presos acusados do crime, nessa quinta-feira (8/4). Monique estava lotada no gabinete do conselheiro Luiz Antônio Guaraná com salário de R$ 12.177,04.
No Diário Oficial desta sexta-feira (9/4), a exoneração de Monique foi publicada com data retroativa ao dia 24 de março.
A investigação da 16ª DP (Barra da Tijuca) revelou que Henry era vítima de agressões de Jairinho, que Monique sabia, mas não denunciou ou fez nada para afastar o filho do agressor. Em mensagem trocada com a babá do menino, Thayna de Oliveira Ferreira, em 12 de fevereiro, ela informou à mãe que Jairinho “deu uma banda e chutou ele”.
O 2º Tribunal do Júri decretou a prisão de Jairinho e Monique por 30 dias. Na delegacia, a babá mentiu para polícia alegando que “nunca viu qualquer marca de violência no corpo de menino”, como consta no depoimento ao qual o Metrópoles teve acesso. A babá voltará a prestar depoimento e pode responder pelo crime de falso testemunho.
Caso Henry
O caso começou a ser investigado como acidente doméstico, como sustentam Jairinho e Monique. Eles levaram o menino já morto para o hospital Barra D’or, na zona oeste no dia 8 de março. Mas laudo de exame cadavérico constatou morte violenta por múltiplas lesões no corpo do menino. O pai havia entregue o garoto à mãe no dia 7 de março saudável e sem nenhuma marca de agressão. A polícia planeja encerrar o caso em 30 dias. O casal é suspeito de homicídio duplamente qualificado e tortura.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) Monique está presa no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, Região Metropolitana. Jairinho foi levado para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste. Em razão da pandemia do coronavírus, os dois vão ficar em isolamento por 14 dias.