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Três defensores públicos são reféns em penitenciária no interior de SP

Eles tentavam visitar presos da unidade quando foram rendidos por detentos de dois pavilhões

atualizado

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cela prisão
1 de 1 cela prisão - Foto: iStock

Três defensores públicos estaduais permaneciam detidos como reféns, até as 23h desta quinta-feira (26/4), em uma rebelião na penitenciária de Lucélia, na região de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), o diretor da cadeia e o coordenador de unidades prisionais da área negociam com os detentos para a liberação deles.

De acordo com parentes dos encarcerados presentes no local, havia muita fumaça saindo do prédio. A rebelião teria começado por conta de reivindicações por parte dos internos. Eles pedem melhorias na alimentação e na qualidade da água. Outros motivos para o desfecho seriam as condições de infraestrutura das celas, que deveriam comportar até 10  pessoas. Contudo, há mais de 20 presos em cada unidade destinada para reclusão.

Segundo a SAP, por volta das 9h, cinco defensores públicos chegaram à penitenciária de Lucélia para fazer atendimento aos encarcerados da unidade. “A direção informou aos defensores que não seria apropriado ingressar naquele momento, pois os detentos estavam no horário do banho de sol, porém, os eles insistiram em entrar”, informou a SAP, em nota.

De acordo com órgão, por volta das 14h, os defensores entraram nos pavilhões 3 e 4 e, após 20 minutos, os encarcerados os renderam e começaram a quebrar as portas dos pavilhões a fim de liberar os demais presos. Assim que o motim teve início, todos os agentes penitenciários foram retirados do interior da unidade.

“Esclarecemos que defensores públicos e juízes possuem acesso irrestrito às unidades e não podem ser impedidos de entrar em qualquer estabelecimento penal”, acrescentou a SAP. O Grupo de Intervenção Rápida, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados e estão de prontidão ao lado de fora da unidade.

O defensor público-geral do estado de São Paulo, Davi Depiné, informou que está em contato com a SAP e que representantes da defensoria já foram enviados a penitenciária.

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