Três das aranhas mais perigosas no mundo vivem no Brasil. Veja
Vuúva-negra, armadeira e macaca são hospedes indesejadas e perigosas no Brasil. De acordo com Ministério da Saúde, causam acidentes graves
atualizado
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Foi num banheiro que uma aranha-caranguejo gigante foi encontrada por um casal brasileiro. Parece filme de terror, mas é apenas a natureza dando as caras num apartamento na Austrália. A Heteropoda venatoria pode atingir até 15 cm e foi vista por Victoria e Gabriel Magliani, ambos de 27 anos. Eles são de Praia Grande, litoral norte de São Paulo, e moram há um ano e três meses em Gold Coast. O registro viralizou nas redes sociais, mas você sabia que o Brasil abriga três das aranhas mais perigosas do mundo?
De acordo com o Ministério da Saúde, existem três gêneros de aranhas no Brasil que podem causar acidentes graves em seres humanos: armadeira (Phoneutria), marrom (Loxosceles) e viúva-negra (Latrodectus). Confira quais suas características:
Loxosceles — Elas são conhecidas como aranha-marrom ou aranha-violino. As aranhas deste gênero não são agressivas, picam geralmente quando comprimidas contra o corpo. Elas possuem, em média, um centímetro de corpo e até três centímetros de comprimento total. Com hábitos noturnos, constroem teias irregulares, como “algodão esfiapado”.
Normalmente, elas se escondem em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis que ficam em locais com pouca iluminação e movimentação.
Phoneutria — Popularmente chamada de aranha-armadeira ou macaca. Diferente da aranha-marrom, a macaca é agressiva, assumindo posição de defesa saltando até 40 cm de distância. Elas são aranhas caçadoras, com atividade noturna. Abrigam-se sob troncos, palmeiras, bromélias e entre folhas de bananeira. Elas também podem ser encontradas em locais escuros, como dentro de sapatos, atrás de móveis, cortinas, etc.
Latrodectus— A famosa aranha viúva-negra. Tem atividade noturna e hábito de viver em grupos. A viúva-negra não é agressiva, as fêmeas podem chegar a 2 cm e os machos são menores, de 2 a 3 mm. Elas fazem teias irregulares em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas de chuva ou sob pedras. São encontradas próximas ou dentro das casas, em ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas de jardins.
A mais conhecida entre os brasileiros, as aranhas-caranguejeiras (Infraordem Mygalomorphae), embora grandes e frequentemente encontradas em residências, não causam acidentes considerados graves.
Segundo o Ministério da Saúde os acidentes causados por outras aranhas podem ser comuns, porém sem relevância para a saúde pública, sendo que os principais grupos pertencem, principalmente, às aranhas que vivem nas casas ou suas proximidades.