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“Tratamento Covid”: Anvisa esclarece estudos feitos com Proxalutamida

Segundo a agência, os estudos são patrocinados pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals

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Anvisa divulgou uma nota, nesta quarta-feira (28/7), na qual esclarece que, até o momento, foram autorizados dois estudos clínicos para realização no Brasil com a Proxalutamida (GT-0918) para tratamento da Covid-19. A agência ainda lista que os estudos são patrocinados pela empresa Suzhou Kintor Pharmaceuticals.

“Para aprovação, foram apresentados dados de eficácia e segurança para indicações de câncer de próstata e de mama conduzidos em outros países”, completa a Anvisa.

Dentre as pesquisas, de acordo com a documentação apresentada à Anvisa, foi citada uma conduzido no Brasil para Covid-19 (NCT NCT044464290) de iniciativa de pesquisadores independentes, cujos dados não foram disponibilizados. A outra é em pacientes graves (NCT04738802), também sem relatório ou resultado apresentado.

“Esses estudos não foram considerados para a anuência da Anvisa para a pesquisa clínica a ser realizada e também não poderão ser submetidos para fins de eventual registro do medicamento, pois tratam-se de estudos cujos dados não são passíveis de avaliação regulatória”, diz a agência.

“Considerando os dados apresentados e o delineamento dos estudos aprovados para avaliar a segurança e a eficácia da proxalutamida, o perfil de benefício X risco se mantém favorável para continuidade dos estudos até que novos dados sejam apresentados”, continuou.

A Proxalutamida

Apesar de os resultados serem iniciais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teria se mostrado interessado no medicamento e conversado sobre isso com o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O fármaco foi citado por Bolsonaro no dia 18 de julho. Após receber alta médica, o mandatário, que estava internado em São Paulo para tratar um problema intestinal, afirmou que apresentaria o medicamento ao ministro.

“[A Proxalutamida] já existe no mercado, ainda sem forma legal e comprovação científica, mas tem curado pessoas com Covid”, defendeu. “Vamos fazer um estudo disso aí e apresentar. Nós temos que tentar, como já sempre disse. Na guerra do Pacífico, não tinha sangue para os soldados, e resolveram botar água de coco e deu certo”, acrescentou o mandatário.

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