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Prefeitura é alvo de operação por exames transvaginais em homens na BA

Ao todo 9 pessoas são investigadas por desvio em licitações e contratos na Bahia e Piauí. Prejuízo já é de R$ 12 milhões em verbas públicas

atualizado

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A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta terça-feira (17/12), um operação contra um esquema de corrupção que desviou, até o momento, R$ 12 milhões de verbas públicas da saúde do município de Formosa do Rio Preto, cidade do oeste baiano na divisa com o Piauí. Ao todo, nove pessoas são investigadas, entre prefeitos, secretários, servidores públicos e médicos, por fraude em licitações e contratos.

O Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco), por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), cumpriu mandados em três cidades: Formosa do Rio Preto, na Bahia, e nas cidades de Corrente e Bom Jesus, no Piauí.

As ações da polícia incluíram mandados judiciais em residências de médicos, “laranjas”, políticos, ex-secretários municipais de saúde, além de clínicas e postos de saúde. O Departamento também executou o bloqueio dos valores desviados, presentes em contas de três clínicas que possuem contratos com o município baiano, além das pessoas investigadas.

De acordo com as investigações, os policias encontraram evidências que apontam diversas irregularidades na Secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto, como:

  • Exames incompatíveis, a exemplo de ultrassonografias transvaginais em pacientes cisgêneros do sexo masculino;
  • Pagamentos por serviços médicos não prestados à população;
  • Plantões fictícios;
  • Listas fraudulentas de pacientes;
  • Números de exames destoantes da realidade;
  • Utilização de empresas de fachadas para promover a destinação ilícita de recursos.

Até o momento, o prejuízo estimado aos cofres públicos, decorrente do esquema de corrupção da organização criminosa, com fraudes em licitações e contratações além de crimes decorrentes de irregularidades na execução de contratos de serviços médicos, é de R$ 12 milhões.

“A partir dos materiais coletados nas diligências da Operação USG, o Draco irá ampliar as investigações, estimando a possibilidade da participação de outros suspeitos e de valores desviados além do que foi encontrado até esta fase das apurações”, afirma a Polícia Civil da Bahia.

O Metrópoles entrou em contato com o governo da Bahia e questionou o posicionamento acerca da operação policial no município de Formosa do Rio Preto, que possui 25,8 mil habitantes, porém, até a publicação desta reportagem, não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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