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Transporte no Brasil vai colapsar, diz Chorão, líder de caminhoneiros

Valor do diesel vendido pela Petrobras às refinarias subiu 8,86% na terça-feira (10/5). Caminhoneiros estudam promover ato contra a estatal

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Wallace Landim, conhecido como Chorão, líder dos caminhoneiros
1 de 1 Wallace Landim, conhecido como Chorão, líder dos caminhoneiros - Foto: Arquivo pessoal / Whatsapp

Líder dos caminhoneiros durante as manifestações de 2018, Wallace Landim, o Chorão (foto em destaque), afirmou, em conversa com o Metrópoles, que o transporte no Brasil vai colapsar.

Na terça-feira (10/5), a Petrobras elevou o preço do diesel vendido às refinarias em 8,86%. O valor médio do combustível passou de R$ 4,51 para R$ 4,91, segundo a empresa.

“O transportador está parando naturalmente. O transporte vai entrar em colapso. Não consegue repassar tudo, mas alguma parte repassa, e isso vai para os supermercados”, afirmou Chorão, que também é presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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O caminhoneiro virá a Brasília nesta quinta-feira (12/5) para conversar com parlamentares, em busca de uma solução.

Na última segunda-feira (9/5), Chorão indicou ao Metrópoles que a categoria estuda a possibilidade de promover um ato contra a estatal. “Vimos o último posicionamento do Bolsonaro pedindo para a Petrobras abaixar o preço do combustível. A gente viu o presidente indignado. Então, ele está pedindo para o povo ir para a rua e pressionar a Petrobras?”, questionou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar duramente a empresa na última quinta-feira (5/5).

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo federal disse que é um “crime” e um “estupro” a empresa ter um lucro “abusivo” em períodos de crise. “Faço um apelo: Petrobras, não quebre o Brasil”, suplicou o mandatário, aos gritos.

O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens do Espírito Santo (Sindicam-ES) anunciou que os caminhoneiros autônomos do estado entrarão em greve a partir da 0h01 da quarta-feira (11/5).

Já a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) afirmou que, após o aumento no preço do diesel anunciado pela petrolífera, “é necessária uma ação conjunta de todos os setores que dependem do combustível para o exercício da sua atividade econômica”.

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