Afinal, os botões nos semáforos de pedestres funcionam?
Aqui vai a verdade: sim, eles funcionam, mas não da forma como gostaríamos
atualizado
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Você também é daqueles que fica apertando repetidamente o botão para a travessia de pedestres sempre se questionando se aquilo é apenas um teste para bobos? Aqui vai a verdade: sim, ele funciona, mas não da forma como gostaríamos.
Segundo Higino Cardoso, chefe do Núcleo de Sinalização e Manutenção de Equipamentos Eletrônicos do Detran-DF, existem dois planos de funcionamento para as botoeiras (caso você não saiba, é assim que os botõezinhos se chamam): um para os semáforos situados distantes de cruzamentos (como aquele em frente ao Buriti, no Eixo Monumental, por exemplo), e outros que organizam os cruzamentos de vias (como os de entrada de quadra via L2).
No primeiro caso, a luz verde só acende para o pedestre quando o dito cujo é cutucado. No entanto, nada acontece como um passe de mágica. “Após o acionamento, ele vai demorar um tempo pré-determinado para, só depois, abrir”, explica Cardoso. Isso porque o semáforo funciona em ciclos, como um relógio. Se você apertar a botoeira quando o timer estiver no fim do ciclo, vai precisar esperar bem menos para atravessar.
Já para os outros tipos de semáforos, podemos dizer que o botão é meio inútil. Em alguns sinais de cruzamento, onde há fluxo grande de pedestres e de carros, eles são programados para não responder ao acionamento. Ou seja, se o semáforo abre para o pedestre a cada 40 segundos, quer alguém aperte o botão ou não, ele não vai fazer as coisas irem mais rápido. “Se isso acontecesse, teríamos engarrafamentos quilométricos, sempre”, afirmou Cardoso.
Atualmente, existem 514 boteiras pelo DF. Vai atravessar? Aperte sempre, mas poupe gastar o dedão à toa.