Transição vai propor criação de diretoria na PF para crimes ambientais
Proposta foi anunciada pelo coordenador do grupo de técnico da Justiça e Segurança Pública pela transição de governo, senador Flávio Dino
atualizado
Compartilhar notícia
O coordenador do grupo técnico (GT) da Justiça e Segurança Pública, senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), disse nesta terça-feira (29/11) que será sugerida a criação de uma diretoria específica na Polícia Federal (PF) para combater crimes ambientais. Segundo ele, a diretoria teria atuação especialmente na Amazônia, mas não apenas.
O GT vai aprovar nesta terça os primeiros relatórios englobando os temas que estão no escopo do grupo.
“Uma das propostas é a criação de uma diretoria específica na Polícia Federal para crimes ambientais, com atuação especialmente na Amazônia, claro que não apenas, mas principalmente”, afirmou Dino ao chegar às instalações do gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília.
O grupo também vai indicar a revogação de atos adotados pela gestão Jair Bolsonaro (PL) que, segundo Dino, teriam dificultado a repressão a crimes ambientais.
“Também vamos sugerir ao grupo de trabalho de Meio Ambiente a revogação de alguns atos que foram adotados ali que têm impacto na repressão criminal de crimes ambientais. Há uma série de atos, na verdade são dezenas [de atos] do Ministério do Meio Ambiente que dificultaram nesse período a repressão a crimes ambientais”, prosseguiu ele.
Como mostrado pela coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, o grupo defende ainda que haja um espaço no orçamento de 2023 para aumentar o efetivo de tropas das Forças Armadas na região da Amazônia.
A esperança do grupo é que, para não sobrecarregar o orçamento, parte do dinheiro venha da possível ampliação do Fundo da Amazônia.
Na Cop 27, Lula negociou a adesão de novos países, como Noruega e Estados Unidos, ao fundo, que investe em políticas contra o desmatamento.