Transcendendo amor: casal trans faz sucesso mostrando relação familiar
Roberto Bete e Erika Fernandes são pais de Noah. Em vídeos, casal fala sobre a relação em família e responde a dúvidas dos seguidores
atualizado
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Com mais de 112 mil visualizações, o relato de parto de Roberto Bete, viralizou nas redes sociais. O modelo, que é um homem trans, realizou o sonho de ser pai, quando deu a luz ao pequeno Noah, em maio deste ano. A criança é fruto de seu relacionamento com a influencer Erika Fernandes, que é uma mulher trans.
Por meio de perfis nas redes sociais, em que somam mais de 80 mil seguidores, Roberto e Erika se definem como “uma família trans falando de amor”. Em uma de suas postagens, Roberto se declarou ao filho que, atualmente, já tem 5 meses.
“Quero muito viver, muito estar vivo e agora é por ele! Nesse momento, nasceu o grande amor da minha vida, por quem eu viveria e vou viver intensamente os melhores momentos e ser o melhor de mim a cada dia. Por ele! Por você, meu filho! Por você, Noah. Te amo mais que a mim.”
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Transcendendo amor
Em seu relato sobre o nascimento do pequeno Noah, Roberto conta que passou mais de 12 horas em trabalho de parto. No fim da gestação, ele chamou atenção na internet ao protagonizar um ensaio fotográfico, em que exibiu o barrigão. Nos registros, ele aparece de cueca branca, usando uma coroa de flores na cabeça e com a barriga a mostra. “Um olhar poético e militante”, comentou ele, na época.
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Também é por meio das redes que a família se comunica e tira dúvidas sobre as curiosidades que envolvem um pai grávido. Temas como o registro do filho no cartório e a amamentação de uma mulher trans já foram abordados pelo casal, que compartilha a rotina da família.
Sobre a amamentação, Erika chegou a fazer um diário para relatar a situação vivida. Segundo ela, foi necessário fazer o estímulo de sucção do mamilo para a produção de leite, no entanto, a lactação era suficiente para alimentar o bebê normalmente. Ainda segundo ela, também sofreu com ferimentos na aréola dos seios em fazer do processo e teve dificuldades para se acostumar com a pegada do bebê.
Filiação
Sobre o registro civil do filho, o casal conta que houve certa burocracia por serem transgêneros e, pelo fato de que o cartório não aceitou que o registro fosse realizado apenas por Erika. No entanto, eles esclarecem que em São Paulo, a certidão de nascimento das crianças já não vem mais com a especificidade de pai e mãe e, sim, filiação e, por isso, os nomes dos dois aparecem no documento do bebê.
Diversos comentários nas redes da família são de agradecimento pelos esclarecimentos feitos pelo casal. “Vcs estão dando uma lição linda de vida, família e informação a muita gente. Parabéns”, diz um deles. “Obrigado por compartilhar suas experiências conosco! É tão importante saber que é possível chegar onde quisermos sendo pessoas trans 🏳️⚧️ (mesmo que seja a base de muita luta e insistência) É possível!!!”, diz outro seguidor.