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Tragédia no RS: “Não é hora de procurar culpados”, diz Eduardo Leite

O governador do Rio Grande do Sul também falou sobre a necessidade de flexibilizar regras fiscais para reconstruir o estado

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O presidente Lula (PT) encontra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), após chuvas no estado - Metrópoles
1 de 1 O presidente Lula (PT) encontra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), após chuvas no estado - Metrópoles - Foto: Divulgação/Governo do RS

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou em entrevista coletiva, neste domingo (5/5), que “não é hora de procurar culpados” pela tragédia ambiental causada pelas enchentes no estado.

“Não é hora de procurar culpados, não é hora de transferir responsabilidades. A gente vai ter que trabalhar à altura do que o momento histórico nos exige”, declarou Leite.

O governador também falou sobre a necessidade de flexibilizar regras fiscais para conseguir reconstruir o estado.

“O orçamento estadual é pressionado por dívidas, déficits, regras fiscais. Eu não consigo fazer despensa, vamos ter restrições que vão exigir excepcionalidades. Nós vamos ter que trabalhar nessa lógica”.

Eduardo Leite citou o déficit previdenciário dos estados da região Sul para justificar uma flexibilização fiscal.

“O déficit da nossa previdência é maior. A nossa dívida, per capita, é de R$ 10 mil. Nos outros estados é de R$ 3 mil. A máquina pública está sufocada com essa situação e não vai conseguir dar respostas se nós não endereçarmos ações excepcionais do ponto de vista fiscal”, complementou.

Participam também da coletiva o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ministros de Estado, além de outras autoridades.

Números da tragédia

De acordo com o último boletim divulgado pela Defesa Civil do RS, o número de mortes no estado chegou a 75. Outros seis óbitos são investigados. 

São 103 pessoas desaparecidas e 155 feridos. O boletim aponta ainda 88.019 desalojados. A tragédia já afeta 334 municípios e um total de 780.725 pessoas.

De acordo com o governo do Estado, 12 barragens estão sob pressão, 110 hospitais foram afetados pelas enchentes e 1 milhão de unidades consumidoras estão sem água.

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