metropoles.com

Tragédia em Petrópolis: mãe grita por filha e procura sobrinha bebê

Com uma enxada, Gisele Arcaminate tenta encontrar a filha Maria Eduarda, de 17 anos, e a sobrinha de 1 ano, após morro desmoronar pela chuva

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Luciano Belfort/Especial Metrópoles
Morro da Oficina, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, onde hove um desmoronamento após chuvas
1 de 1 Morro da Oficina, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, onde hove um desmoronamento após chuvas - Foto: Luciano Belfort/Especial Metrópoles

Rio de Janeiro – A busca por desaparecidos devido à forte chuva em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, é marcada por desespero e esperança. Entre a lama e os escombros após a encosta do Morro da Oficina desabar, Gisele Arcaminate gritava o nome da filha, Duda, o tempo todo.

Com uma enxada nas mãos, ela tentava cavar para achar Maria Eduarda, de 17 anos, com a ajuda de familiares e amigos. A sobrinha dela, uma bebê de apenas 1 ano, também está desaparecida.

“Um bebê sem respirar embaixo dessa lama… Você consegue imaginar? Eu já estou perdendo as esperanças”, disse Gisele ao jornal O Globo.

12 imagens
Força da água foi registrada em diversos vídeos
Comércio local teve lojas destruídas pela água
As ladeiras de Petrópolis intensificaram ainda mais a força da água
Número de mortos segue aumentando nas horas seguintes à tragédia
Tragédia em Petrópolis: chuvas começaram no fim da tarde
1 de 12

Centro de Petrópolis ficou completamente alagado

Reprodução de redes sociais
2 de 12

Força da água foi registrada em diversos vídeos

Reprodução de redes sociais
3 de 12

Comércio local teve lojas destruídas pela água

Reprodução de redes sociais
4 de 12

As ladeiras de Petrópolis intensificaram ainda mais a força da água

Reprodução
5 de 12

Número de mortos segue aumentando nas horas seguintes à tragédia

Reprodução de redes sociais
6 de 12

Tragédia em Petrópolis: chuvas começaram no fim da tarde

Reprodução
7 de 12

Volume de água devastou ruas e bairros da cidade de Petrópolis

Reprodução
8 de 12

Cena de destruição se repete em diversos pontos da cidade de Petrópolis

Reprodução
9 de 12

Foram registrados mais de 160 deslizamentos em Petrópolis

Reprodução de redes sociais
10 de 12

Centro de Petrópolis foi tomado pela água

Reprodução de redes sociais
11 de 12

Dezenas de carros foram levados pela força das águas

Reprodução de redes sociais
12 de 12

Pontos de alagamento por toda a cidade de Petrópolis

Reprodução

Bruno Carvalho, que é parente da mãe da adolescente, é o pai da bebê que está desaparecida. Além da criança, a sogra e os primos dele também são procurados em meio ao lamaçal e aos escombros causados pela chuva torrencial em Petrópolis.

Entre os destroços, ele encontrou a bolinha rosa de sua filha. Segundo o Globo, o brinquedo estava a mais de 30 metros de distância do quarto onde a menina dormia.

“A única coisa que ouvimos é que tinha havido um desabamento, mas só tive a dimensão quando cheguei aqui”, falou, emocionado.

Pai procura filha

Até o momento, 38 pessoas foram mortas na tragédia em Petrópolis. As buscas do Corpo de Bombeiros para encontrar sobreviventes e outras vítimas continuam intensas em todas as áreas da cidade. Pelo menos 16 pessoas foram resgatadas com vida na madrugada desta quarta-feira (16/2).

Em outro ponto do Morro da Oficina, Adalton Oliveira gritava o nome da filha, Ana Clara, de 7 anos. Com as próprias mãos, ele tentava cavar até o ponto onde ele acreditava que a menina estaria. A mulher dele, Eliane, de 44 anos, estava com a criança.

As duas estavam no bar da família, onde também se encontravam muitos clientes. “Ela está aqui, ela está aqui. Cadê a minha filha?”, clamava o homem, segundo o Globo.

Adalton ainda convive com o luto pela perda do filho, Lucas, de 21 anos, que foi levado pela enxurrada e encontrado morto. O dono do bar saiu do local justamente para buscar o jovem. Ele ainda viu o rapaz vivo antes de ele desaparecer nas águas.

“Minha esposa pediu para eu ir lá em cima buscar o Lucas, com medo de a barreira cair. Quando cheguei, peguei ele e ouvi os estalos da casa. Nós ouvimos a barreira e fomos pular para o sentido contrário, mas ele escorregou e foi levado. Aí eu desci para ver minha filha e minha esposa e vi que a barreira tinha as levado também.”

Compartilhar notícia

Todos os direitos reservados

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?