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Tragédia em Gramado: como será investigação e identificação dos corpos

Restos mortais das vítimas foram levados para o Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre. Polícia Civil e Cenipa investigam o caso

atualizado

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Calvin Neruan / Secretaria da Segurança Pública do RS
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1 de 1 Imagem colorida do acidente aereo - Foto: Calvin Neruan / Secretaria da Segurança Pública do RS

A retirada dos destroços do avião e dos restos mortais das vítimas do acidente áereo que ocorreu em Gramado (RS), no fim de semana, acabou nessa segunda-feira (23/12).

Os próximos dias e semanas, no entanto, serão de trabalho intenso da equipe de perícia, empenhada no processo de identificação dos corpos, e da investigação sobre as causas da tragédia.

Os restos mortais das 10 pessoas que morreram, todas da mesma família e que estavam no interior da aeronave, foram levados para Porto Alegre (RS). Devido ao impacto da queda do avião e da explosão causada, nenhum corpo foi encontrado de forma íntegra, mas em partes, o que torna ainda mais complexo e demorado o processo de identificação.

Além do empresário Luiz Cláudio Galeazzi, de 61 anos, que pilotava o avião na hora da queda, morreram a esposa dele, Tatiana Natucci Niro, 49, três filhas, a sogra, a cunhada, o esposo dela e duas crianças de 6 e 8 anos de idade. A família deixou o aeroporto de Canela às 9h15 desse domingo (22/12), com destino a Jundiaí (SP). A aeronave, no entanto, caiu em Gramado três minutos depois, às 9h18.

A separação e identificação dos corpos deve perdurar nos próximos dias, no Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Porto Alegre. Até então, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Rio Grande do Sul, não há uma previsão exata de quando os laudos periciais serão concluídos e os restos mortais liberados para velórios e sepultamentos.

O que se sabe, até o momento, é que as 10 pessoas que morreram foram:

– Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi, 61 anos, dono e piloto do avião;
– Tatiana Natucci Niro, 49, esposa de Luiz;
– Maria Eduarda Niro Galeazzi, filha de Tatiana e Luiz Cláudio;
– Maria Elena Niro Galeazzi, filha de Tatiana e Luiz Cláudio;
– Maria Antônia Niro Galeazzi, filha de Tatiana e Luiz Cláudio;
– Veridiana Natucci Niro, 43, irmã de Tatiana;
– Lilian Natucci, 75, mãe de Tatiana e Veridiana Natucci Niro;
– Bruno Cardoso Munhoz de Guimarães Araújo, 43, marido de Veridiana;
– Giulian e Mateo, de 6 e 8 anos, filhos de Veridiana e Bruno.

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Acidente aéreo em Gramado (RS): veja o passo a passo da tragédia

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Investigações da Polícia Civil e Cenipa

Paralelamente ao processo de identificação dos corpos, ocorre a investigação das causas e de possíveis responsabilidades no acidente. Além da questão técnica, apurada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul instaurou um inquérito para apurar se houve alguma conduta criminal.

O delegado da 2ª Delegacia de Polícia Regional do interior gaúcho, com sede em Gramado, Gustavo Celiberto Barcellos, explica que as duas investigações possuem objetivos diferentes, mas que podem ser complementares.

“A nossa investigação busca apurar todas as circunstâncias e nuances envolvendo os fatos e, ao final, estabelecer se houve alguma responsabilidade do ponto de vista criminal ou penal. Já a investigação do Cenipa ocorre paralelamente sobre as questões técnicas, e essa investigação vai também subsidiar nossa conclusão final”, expõe ele.

Os destroços do avião, de modelo PA-42-1000, da Piper Aircraft, foram recolhidos do local da queda por técnicos do Cenipa. A aeronave era um turboélice com dois motores, fabricado em 1990 e tinha capacidade para piloto e mais nove passageiros. De acordo com os dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião pertencia a Luiz Cláudio Galeazzi e estava apto para voar até 25 de março do próximo ano.

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Queda deixou 10 mortos e 17 feridos
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Acidente aéreo vitimou dez pessoas em Gramado
Corpo de Bombeiros atuam no local do acidente após a retirada dos corpos
Área do acidente foi isolada
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Vítimas que estavam na rua no momento do acidente tiram queimaduras graves

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Queda deixou 10 mortos e 17 feridos

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Acidente aéreo vitimou dez pessoas em Gramado

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Corpo de Bombeiros atuam no local do acidente após a retirada dos corpos

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Avião caiu em cima de loja de móveis, que estava vazia

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Vista superior de local atingido durante queda do avião

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Vista superior de local atingido durante queda do avião

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Vista superior de local atingido durante queda do avião

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Bruno Guimarães, uma das vítimas de tragédia aérea em Gramado (RS)

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Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi

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Prazo das investigações

Tanto o Cenipa quanto a Polícia Civil do Rio Grande do Sul não trabalham, até então, com um prazo específico para concluir a apuração do acidente. “A conclusão dessa investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, informa o Cenipa.

Os técnicos que atuaram in loco, na ocorrência, até essa segunda-feira são do Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa V), que é o órgão regional do Cenipa. A apuração segue agora com o levantamento de outras informações necessárias, como coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos e verificação inicial de danos causados.

O relatório final, quando concluída a investigação, deve ser publicado no site do Cenipa.

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