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Tragédia climática: Pantanal deve sofrer com seca extrema em 2024

Ministra do Meio Ambiente anunciou que o bioma sofre com a falta de chuvas e que há possibilidade de seca extrema nos próximos meses

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Foto colorida de incêndio florestal no Pantanal - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de incêndio florestal no Pantanal - Metrópoles - Foto: Getty Images/Lucas Ninno

O Pantanal, maior planície de inundação do mundo, deve enfrentar uma seca extrema nos próximos meses. O alerta foi feito pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante apresentação de um balanço da pasta nessa quarta-feira (5/6).

O bioma ocupa partes de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, além de se estender pela Bolívia e Paraguai.

Além do Pantanal, a ministra enfatiza que a Amazônia também pode sofrer novamente com estiagem, como aqueles cenários registrados no ano passado. De acordo com ela, a mudança de cenário acontece em meio a enchentes no Rio Grande do Sul, o que representa os efeitos das mudanças climáticas.

“O que estamos vendo em chuva no Rio Grande do sul, nós vamos ver em estiagem, provavelmente na Amazônia e no Pantanal. E o que a gente tem como consequências —de desmoronamento, perda de lavouras— associadas às chuvas, vamos ter o fenômeno terrível que são os incêndios e queimadas”, afirmou Marina Silva.

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Imagens da devastação no Pantanal
Bombeiros do DF atuam nos incêndios do Pantanal
Essa região é banhada pelo encontro das águas dos rios Negro e Amazonas
Rio Negro, no Amazonas, durante seca
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Seca no Pantanal

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Imagens da devastação no Pantanal

Thallita Oshiro/ O Pantanal Chama
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Bombeiros do DF atuam nos incêndios do Pantanal

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Essa região é banhada pelo encontro das águas dos rios Negro e Amazonas

Sarah Teófilo
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Rio Negro, no Amazonas, durante seca

Reprodução

De acordo com a ministra do Meio Ambiente, a falta de chuvas no Pantanal também pode ocasionar no aumento de incêndios florestais. “[Estamos] tentando nos antecipar, já tendo a clareza que nós vamos ter uma grande estiagem, [há] uma grande quantidade de matéria orgânica no pantanal, que provavelmente [faz com que aumente] o risco de incêndio.”

Acentuado pelas mudanças climáticas, o Pantanal passou pela pior seca da história em 2020. Quando cerca de 30% de toda cobertura vegetal do bioma foi devastada pelo fogo. Na época, segundo levantamento do WWF-Brasil, pelo menos 17 milhões de animais vertebrados morreram.

Na época, o Pantanal chegou a registrar 8.106 focos de calor em setembro de 2020, conforme informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa um recorde para o período.

Em contrapartida, maio deste ano registrou 246 focos de calor, número inferior aos 313 focos detectados no mesmo mês de 2020. No entanto, o índice representa um alerta para um possível aumento das queimadas no Pantanal.

O período de secas no Pantanal tem início em maio, mas o auge acontece apenas em setembro. Esse cenário é agravado pelo fenômeno climático El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Pacífico, que tem resquícios no aumento de temperaturas na área central do Brasil.

A Agência Nacional de Águas (ANA), junto ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e ao Operador Nacional do Sistema Elétrico, indicou em maio o agravamento da situação da seca em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A situação acontece em decorrência da escassez de chuvas e temperaturas acima da média na Bacia do Alto Paraguai.

Conforme o Índice Integrado de Seca (IIS3) do Cemaden, divulgado também em maio, há três municípios em seca severa tanto em Mato Grosso quanto em Mato Grosso do Sul.

O Centro indica que a situação de estiagem pode se intensificar em especial no norte dos dois biomas presentes no Pantanal. Contudo, também indica agravamento da seca no sul do Pará e no interior de São Paulo.

Diante do cenário preocupante, a ministra do Meio Ambiente e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinaram o Pacto pela Prevenção e Controle de Incêndios com governadores do Pantanal e da Amazônia.

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