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Traficantes repassam drogas do Jacarezinho a condomínios de luxo da Barra

Delegacia de Combate às Drogas prendeu três criminosos, incluindo um advogado, que vendem entorpecentes por Whatsapp em bairro nobre do RJ

atualizado

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Divulgação/Arquivo pessoal
jovens presos no Rio
1 de 1 jovens presos no Rio - Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Rio de Janeiro – Rastrear uma rede de distribuição de drogas por aplicativo de mensagens para atender a prédios  residenciais de luxo na cidade do Rio. Esta é a tarefa que tem norteado uma frente de investigação da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). Três acusados, entre eles um advogado, já foram presos.

“É um tráfico de elite que também precisa ser combatido. Não adianta direcionar apenas às ações em morros da cidade. A clientela é grande, principalmente, em bairros das zonas sul e oeste. Eles vendem muito subprodutos, como haxixe”, explicou o delegado titular da Dcod, Marcus Amim.

Na quinta-feira (1/6), dois acusados de vender haxixe foram presos na Barra da Tijuca, zona oeste. Os criminosos estavam com R$ 950 em dinheiro, além de quase 300 gramas de haxixe. De acordo com os agentes, os dois usavam um carro alugado para entregar drogas pedidas pelo WhatsApp.

“Eles tinham de 300 a 400 clientes. Compravam a droga na comunidade do Jacarezinho (na zona norte do Rio)”, afirmou Amim. Um quilo do haxixe custava R$ 30 mil na favela e, segundo o delegado, era vendido pelo dobro do preço aos moradores de residenciais de alto padrão. “No final do mês passado, prendemos um advogado em um condomínio de luxo”, lembrou Amim.

O delegado refere-se ao advogado André Ferracini Bastos preso no dia 27 de maio, na Barra da Tijuca, zona oeste. Com ele foi apreendido mais de mil comprimidos de ecstasy, avaliados em R$ 150 mil. Ele morava em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca.

Na quarta-feira (30/6), a juíza da 38ª Vara Criminal, Gisele Guida de Faria, aceitou a denúncia contra ele por tráfico de drogas oferecida pelo Ministério Público e indeferiu o pedido de liberdade feito pela defesa do advogado. O Metrópoles ainda não conseguiu contato com a defesa de Bastos.

 

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