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Traficantes de outros estados escolhem Rio como refúgio, diz polícia

Um dos chefões do tráfico de Manaus foi preso sexta-feira (18/6). Foi a maior ação interestadual no Rio, com ações em São Paulo e Amazonas

atualizado

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Marcelo da Silva, o Jogador, traficante de Manaus preso no Rio
1 de 1 Marcelo da Silva, o Jogador, traficante de Manaus preso no Rio - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Marcelo da Silva, o Jogador, um dos chefões do tráfico de drogas da facção criminosa Comando Vermelho do Amazonas, vivia em um casa confortável na Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha, zona norte. A escolha do Rio como refúgio de bandidos de outros estados uniu as polícias do Pará, Amazonas e Bahia.

No Rio, houve duas mortes. Em Manaus, uma. A polícia investiga se o jovem Thiago Santos Conceição, de 16 anos, que morreu após ser atingido por uma bala perdida dentro de casa no Morro da Fé, no Complexo da Penha, está relacionada à operação. O Ministério Público também apura o caso.

Foram 15 presos, dois quais oito no Rio, cinco no Amazonas e dois em São Paulo.

“Pela primeira vez, as policiais de Manaus e Pará operaram no nosso território. Checamos ainda informações para a polícia da Bahia. Hoje, um criminoso pode ter 27 identidades, o que dificulta as investigações. O ideal seria uma identidade única em todo o país”, analisou o subsecretário Operacional da Polícia Civil do Rio, Ronaldo Oliveira.

A operação, batizada de “Coalizão do Bem”, ocorreu ainda em São Paulo e no Amazonas. Nestes estados foram bloqueados bens de empresas no valor de R$ 198 milhões. Dos oito presos no Rio, quatro eram do Pará e três do Amazonas. Só no Rio, a ação contou com 400 policiais militares e 200 civis.

Refúgio nas favelas

As investigações das polícias apontam que bandidos de outros estados estão refugiados em favelas dos complexos da Penha, Alemão, Maré, Manguinhos, na zona norte, e também na comunidade da Rocinha, na zona sul.

A onda de violência no Amazonas ocorreu entre os dias 6 e 8 de junho. Ônibus, delegacias, viaturas policiais, ambulâncias, prédios públicos e agências bancárias foram incendiadas e alvo de tiros. A série de ataques aconteceu após a morte de um traficante em ação da polícia local. A Força Nacional foi acionada para o estado.

Apontado como o chefe do tráfico de Manaus que ordenou onda de violência no estado do Amazonas, Marcelo da Silva, o Marcelo Jogador, comandou tudo do Rio por telefone celular. Ele foi preso por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), na Vila Cruzeiro, Complexo da Penha.

Jogador usava uma carteira de motorista falsa em nome de Rafael Nunes Pinheiro, documento apreendido pela polícia.

“Da casa onde ele foi preso, comandou as ações em Manaus. Ele era um dos traficantes soltos no topo da hierarquia da facção criminosa Comando Vermelho que atua no Amazonas”, afirmou Marcus Amim, titular da Dcod.

Além das divisas

A polícia do Rio, durante a ação, tinha como alvo ainda Wellington dos Santos, o Mano Kaio, apontado como outro criminoso de Manaus, que estaria no Complexo da Penha. Entretanto, ele não foi localizado.

“O tráfico vai além das divisas dos estados. Identificamos criminosos das regiões Norte e Nordeste, principalmente”, informou Rodrigo Oliveira.

Os investigados são suspeitos de enviar R$ 129 milhões para fortalecer a facção criminosa no Amazonas a comprar armas e drogas. A polícia ainda identificou que a estrutura de lavagem de dinheiro também favorecia criminosos da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Marcelo da Silva, o Jogador, traficante de Manaus preso no Rio
Operação das polícia no Complexo da Penha
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Carteira de motorista falsa apreendida pela polícia com Marcelo Jogador

Reprodução de documento apreendido pela polícia do Rio
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Marcelo da Silva, o Jogador, traficante de Manaus preso no Rio

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Operação das polícia no Complexo da Penha

Reprodução/Redes Sociais

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