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Traficante FB é condenado a 225 anos por derrubar helicóptero da PM

O traficante Fabiano Atanásio da Silva foi condenado, em julgamento de quase 22 horas, por ataque que derrubou helicóptero da PM em 2009

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Traficante FB é condenado a 225 anos por derrubar helicóptero da PM
1 de 1 Traficante FB é condenado a 225 anos por derrubar helicóptero da PM - Foto: Reprodução

O traficante Fabiano Atanásio da Silva, conhecido como FB, foi condenado, na manhã desta quarta-feira (21/6), a 225 anos de prisão por ataque que derrubou um helicóptero da Polícia Militar, na zona norte do Rio de Janeiro, em 2009. O incidente deixou três agentes mortos.

FB foi condenado por três homicídios e seis tentativas de homicídio (três sobreviventes da queda do helicóptero e três PMs em solo) e associação para o tráfico.

Em um julgamento de quase 22 horas, o último réu do caso, FB, foi considerado responsável por ordenar e comandar a invasão ao Morro dos Macacos, em Vila Isabel, que resultou na morte de três policiais a bordo do helicóptero, há quase 14 anos. A decisão é do corpo de jurados do 3º Tribunal do Júri.

A juíza Tula Mello considerou a ação do traficante como um “ato terrorista” e que as “imagens, por si só, causam danos inigualáveis”. Ela refere-se ao vídeo do helicóptero em chamas.

“Foi uma ação nefasta que se assemelha a um ato terrorista. O abate, simbolicamente, representa o poderio bélico da facção criminosa. E atinge diretamente a população em geral. As imagens, por si só, causam danos inigualáveis”, disse a juíza na sentença.

Vídeo: caveirão da PM pega fogo após ataque com coquetel molotov no RJ

A defesa do traficante informou que recorrerá a decisão. FB participou do julgamento por videoconferência, no presídio federal de Catanduvas, Paraná. Ele está preso desde 2012.

Queda do helicóptero na favela de Vila Isabel

Em 17 de outubro de 2009, pela primeira vez na história, um helicóptero da PM do Rio de Janeiro foi abatido por traficantes. Naquele dia, ao menos oito disparos atingiram a fuselagem da aeronave, tripulada por seis policiais.

O helicóptero sobrevoava o Morro São João, no Engenho Novo, zona norte do Rio. A queda do veículo causou a morte dos agentes Marcos Stadler Macedo e Edney Canazaro de Oliveira. Dois dias depois do incidente, o cabo Izo Gomes Patrício, que teve 80% do corpo queimado, não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Helicóptero destruído após ser alvejado por traficantes no RIo, em 2009 - Metrópoles
A queda da aeronave causou a explosão que matou dois agentes da PM

Com blindagem apenas parcial, a aeronave, um modelo Esquilo AS 350 B2, caiu em um campo de futebol na Vila Olímpica do Sampaio e explodiu; os agentes Macedo e Oliveira morreram na hora.

A ação “terrorista” ocorreu durante uma operação de equipes da PM de tentar conter um conflito entre criminosos do Morro São João e do Morro dos Macacos, na favela de Vila Isabel.

Os sobreviventes ao ataque dos traficantes são: o piloto do helicóptero, Marcelo Vaz de Souza; Anderson Fernandes dos Santos; e Marcelo de Carvalho Mendes.

A data também ficou marcada por sucessivos ataques do tráfico na região. Os criminosos mataram outras sete pessoas e incendiaram oito ônibus da cidade.

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