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Traficante apontado como responsável por rebeliões em Goiás é preso

Criminoso foi encontrado em apartamento de luxo na região dos Lagos neste domingo (7/1)

atualizado

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Divulgação/Polícia Civil
BH, Stephan de Souza Vieira, rebeliões, aparecida de goiânia
1 de 1 BH, Stephan de Souza Vieira, rebeliões, aparecida de goiânia - Foto: Divulgação/Polícia Civil

Policiais civis prenderam na manhã deste domingo (7/1) Stephan de Souza Vieira (foto de destaque), o “BH”, de 34 anos, considerado o principal chefe da facção Comando Vermelho atuando no estado de Goiás. O criminoso fugiu do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO) em novembro de 2017, onde cumpria pena desde 2014 por diversos crimes.

A ele, as autoridades atribuem a responsabilidade pelas rebeliões ocorridas na unidade prisional de onde fugiu. Há uma investigação em curso para saber se houve facilitação em sua fuga naquela oportunidade. Stephan é acusado também de ter ordenado uma série de assassinatos na disputa por pontos de vendas de drogas em Goiânia. Condenado a uma pena de 26 anos por tráfico de drogas, ele cumpria pena no regime semiaberto.

Stephan estava em um apartamento de luxo no bairro Vila Nova, no município de Cabo Frio, na região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro. No local, também foram encontrados diversos aparelhos de telefone celular, jóias, dinheiro, cadernos com a movimentação do tráfico de drogas, entre outras informações relevantes.

A captura do criminoso foi resultado de uma operação conjunta da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio, com suporte da Polícia Civil de Goiás.

Rebeliões
A prisão ocorreu após três rebeliões no presídio de Aparecida de Goiânia. O primeiro motim foi registrado na tarde de 1º de janeiro. Conforme informações da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás (SSPAP-GO), presos da ala C invadiram as alas A, B e D. A motivação dos ataques seria uma rixa entre grupos criminosos. Nove detentos morreram carbonizados – deles, dois foram decapitados –, 14 ficaram feridos e mais de 80 continuam foragidos.

A confusão ocorreu exatamente um ano após a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Na ocasião, mais de 60 detentos foram executados em um confronto entre as facções PCC e Família do Norte. O episódio deu início a uma crise penitenciária nacional, que culminou em rebeliões em Roraima e no Rio Grande do Norte, conforme o Metrópoles mostrou na reportagem especial “As faces das chacinas no cárcere”.

Também no primeiro dia de 2018, as autoridades de Goiás registraram início de revoltas em outras duas cidades do estado: Santa Helena e Rio Verde. Na terça-feira (2/1), dois servidores do sistema penitenciário foram assassinados a tiros em Anápolis (GO).

O Sindicato dos Servidores do Sistema de Execução Penal de Goiás (Sinsep-GO) chegou a alertar sobre a possibilidade de novos motins em outras unidades prisionais da região. Entre os presídios em risco, segundo a entidade, dois estão no Entorno do DF: o de Luziânia e o do Novo Gama. (Com informações da Agência Estado)

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